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Cidades

Reajuste de 6% proposto por frigoríficos é rejeitado

Redação | 18/03/2010 22:59

Os trabalhadores em frigoríficos de Rochedo, Porto Murtinho, Iguatemi, Coxim e Itaquiraí, representados pela base do Sindmassa/MS (Sindicato Intermunicipal dos Empregados Vinculados nas Indústrias de Fabricação de Massa Alimentícias, Biscoitos, Macarrão, Panificação, Confeitaria, Laticínios, Frigoríficos Abatedores de Bovinos, Suínos, Levinos, Aves, Carnes e Produtos Derivados do Estado de Mato Grosso do Sul) deverão aprovar indicativo de greve nas assembléias a ser realizadas nas próximas semanas.

Donos de frigoríficos e representantes do Sindmassa/MS não chegaram a um acordo sobre o novo piso salarial que deverá ser pago a categoria referente a convenção coletiva de trabalho 2010/2011.

Na segunda rodada de negociação, ocorrida na segunda-feira (15), a bancada patronal apresentou uma proposta de reajuste de 6% linear para todos empregados e um piso salarial de R$ 540,60 para trabalhadores do setor frigorífico, acrescentando apenas alguns centavos acima do salário mínimo oficial.

Na primeira rodada de negociação, os patrões propuseram apenas 4,25% de reajuste, referente a inflação do período de fevereiro de 2009 a fevereiro deste ano. Mesmo assim, a direção do Sindmassa/MS rejeitou a proposta patronal e fez uma contraproposta de R$ 582 de piso salarial, o que representa um reajuste no piso de 14,2% e mais reajuste linear de 8,5% para os demais trabalhadores.

Na avaliação dos dirigentes do sindicato, o valor é possível de ser incorporado pelas empresas tendo em vista a lucratividade crescente no setor, comprovada por estudos do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Sociais e Econômicos) apontando fusões e aquisições no setor, participação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no quadro societário ou por meio de financiamento subsidiado, empurrado pelo crescimento do consumo da carne, abertura das exportações, incentivo fiscal e o controle da febre aftosa.

A direção do Sindmassa considerou esgotada a possibilidade de negociação e propôs uma terceira rodada de negociação, pré-agendada para dia 1º de abril, na sede do Sicadems (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Carne e Derivados de Mato Grosso do Sul).

Os diretores do sindicato decidiram também encaminhar consulta aos trabalhadores nas unidades de Itaquiraí, Coxim, Rochedo, Porto Murtinho e Iguatemi sobre possibilidade de instauração de dissídio coletivo de trabalho no Tribunal regional do Trabalho da 24ª Região, caso não haja possibilidade de acordo na próxima rodada de negociação.

Os trabalhadores do setor reivindicam também a implantação de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) com multa de R$ 350 pelo descumprimento da cláusula, obrigação do empregador custear despesas com tratamento de acidente de trabalho e doença ocupacional, redução da jornada trabalho para 40 horas semanais e o fim do trabalho aos sábados. (Com informações da assessoria).

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