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Cidades

Regalia a líder do PCC gera crise e "quedas" na Máxima

Redação | 19/02/2010 16:15

Três oficiais ligados à direção do Estabelecimento Penal de Segurança pediram afastamento dos cargos que ocupavam. A crise na cúpula do presídio começou quando um preso ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital) foi flagrado com bebida alcoólica e ainda assim, pôde voltar ao trabalho normalmente na unidade penal.

Os nomes dos servidores serão preservados por questão de segurança. Trata-se de agentes que ocupavam os postos de chefe de disciplina, de vigilância e segurança. Os três pediram para sair dos cargos porque afirmaram estar "insatisfeitos" com a direção, segundo apurou a reportagem do Campo Grande News . Eles deverão ser cedidos a outras penitenciárias.

Os oficiais eram servidores de confiança da diretoria, no entanto, a crise se instalou há cerca de um mês, quando o preso Luis Antônio Neto de Oliveira, conhecido por Muriçoca foi flagrado na com bebida artesanal, a chamada "maria louca". Apontado como um dos grandes líderes do PCC, Muriçoca ficava no Pavilhão III, destinado a presos que trabalham e têm mais benefícios que os outros internos.

Depois do flagrante, os oficiais levaram o detento à cela disciplinar. Surpresa para os agentes foi quando viram o interno devolvido, em três dias, ao convívio dos colegas. Ele também pôde voltar ao trabalho, situação que contraria a Lei de Execução Penal.

Quase um mês depois, o estopim para a crise: denúncia indicava que o mesmo pavilhão escondia objetos ilícitos motivou uma operação pente-fino, ao que tudo indica, sem o conhecimento da diretoria.

Na cela foram encontradas 120 "balas" de maconha, 30 papelotes de cocaína, 3 aparelhos celulares, cinco chips para telefones, uma balança de precisão e R$ 1,8 mil. A alegação dos presidiários é que o valor refere-se à venda na cantina na unidade prisional, comandada pelos presos.

Três detentos, que são ligados ao PCC, assumiram ser os donos dos produtos ilegais. No entanto, eles livram os "chefões" da responsabilidade e chegaram a dizer que havia sido "plantado o flagrante". Apenas os membros mais fracos da facção estão em celas disciplinares. Os nomes dos presos que disseram ser donos dos produtos serão preservados até o fim das investigações.

Na Agepen, a informação é que só a assessoria de imprensa poderia falar sobre o caso, porém, ninguém do setor foi encontrado pelo celular ou telefone fixo para esclarecimentos.

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