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Cidades

Regionalização do Samu é aposta para desafogar saúde na Capital

Fabiano Arruda e Wendell Reis | 24/11/2011 12:00

Termo assinado nesta quinta-feira destinará ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência aos municípios de Terenos, Sidrolândia e Ribas do Rio Pardo

Prefeitos de Terenos, Sidrolândia, Campo Grande Ribas do Rio Pardo assinam termo para regionalização do Samu. (Foto: Pedro Peralta)
Prefeitos de Terenos, Sidrolândia, Campo Grande Ribas do Rio Pardo assinam termo para regionalização do Samu. (Foto: Pedro Peralta)

A criação do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) regional para Sidrolândia, Terenos e Ribas do Rio Pardo, cujo termo foi assinado nesta quinta-feira, é apontada como estratégica para desafogar a rede de saúde pública em Campo Grande.

Na prática, as cidades vizinhas passarão a contar, a partir de fevereiro de 2012, com uma ambulância do Samu com cerca de 20 funcionários em cada município. A regulação será feita por Campo Grande e o diferencial será na destinação dos acidentados para a Capital.

A central aumentará a triagem e só reservará vagas a pacientes das outras cidades em caso de extrema necessidade.

Segundo a coordenadora de urgência e emergência da Secretaria Estadual de Saúde, Gislaine Poleto, a intenção é que o Samu também seja regionalizado em Dourados, para atender a grande Dourados e municípios como Ponta Porã e Naviraí, e Três Lagoas, que suportaria a demanda da própria cidade e de Naviraí.

Outro projeto é a criação de Samu Estadual para atender o Corumbá, Ladário, Coxim e Aquidauana.

Para justificar os projetos, Poleto deu exemplo de que o Samu em Campo Grande recebe média de 43 mil chamadas por mês. Deste número, segundo ela, apenas 3,5 mil precisam efetivamente do deslocamento de uma ambulância.

Dos 3,5 mil, prossegue Gislaine, 3,2 mil atendimentos são feitos pelas unidades básicas do Samu, que são compostas por um técnico de enfermagem e de um “condutor socorrista”, que, além de dirigir, é capacitado para fazer alguns atendimentos. E dos 3,2 mil, média de 300 ocorrências é atendida pela unidade alfa, composta também por um médico.

Segundo o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), a regionalização do Samu nos três municípios vizinhos é mais um instrumento para minimizar os problemas enfrentados pelo sistema de saúde.

Prefeito Nelsinho Trad lembrou que superlotação em hospitais está relacionada com o alto número de acidentes envolvendo motociclistas.
Prefeito Nelsinho Trad lembrou que superlotação em hospitais está relacionada com o alto número de acidentes envolvendo motociclistas.

Trad aproveitou para lembrar que a superlotação em hospitais e postos de saúde, motivada, sobretudo, por vítimas de acidentes com motos, deve ser levadas em consideração na avaliação do sistema. Para o prefeito, falta o governo federal cumprir “sua parte” em relação à Emenda 29, que propõe fixar percentuais de investimentos na Saúde para municípios, estados e União. “98% dos municípios cumprem e metade dos Estados também”, exemplificou.

Já o prefeito de Terenos, Beto Pereira (PSDB), citou que a administração dos municípios pequenos sofre críticas constantes. O Samu, segundo ele, pode auxiliar a minimizar as reclamações por se tratar de um serviço de qualidade reconhecida. Também participaram da assinatura do termo os prefeitos de Sidrolândia, Daltro Fiúza (PMDB), e Roberson Moureira (PPS), de Ribas do Rio Pardo.

Samu - Durante a assinatura do termo nesta quinta-feira, um vídeo destacou números do Serviço de Atendimento Móvel e de Urgência na Capital.

Segundo as informações, com a chegada do Samu, o tempo médio de resposta do Corpo de Bombeiros caiu de sete para quatro minutos.

Campo Grande tem sete unidades básicas, para cada 100 mil habitantes, e três alfas, para cada 400 mil.

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