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Cidades

Réus não sabiam que alvo de assalto era casa do prefeito

Redação | 08/06/2010 17:45

Em depoimento prestado nesta tarde na 3ª Vara Criminal do Fórum de Campo Grande, réus alegaram não saber que o alvo do assalto praticado no dia 5 de maio de 2009 era a casa do prefeito Nelsinho Trad. Eles foram interrogados nesta tarde na 3ª Vara Criminal do Fórum de Campo Grande, onde foram ouvidas também testemunhas da acusação e da defesa.

Moacir Zanúncio dos Santos é apontado como o mandante do crime. Há depoimentos que indicam ter sido ele quem reuniu o grupo, escolheu a casa e providenciou as armas.

"O Moacir todo dia ficava insistindo", afirma Silvio Cezar Gonçalves Dutra, preso no Presídio de Trânsito. Réu confesso do crime, Dutra conta que a proposta inicial era para assaltar a casa de um fiscal de renda e só depois soube que se tratava da casa do prefeito da Capital.

Ele diz que Santos a princípio queria assaltar a casa porque esse fiscal de renda o havia prejudicado. Quando Dutra soube que a casa era do prefeito, o mandante passou a alegar que Nelsinho também o havia prejudicado, sem detalhar em que tipo de situação.

"Disse que a forma de se vingar era pegando o dinheiro", lembra, ao detalhar que a quantia que segundo Santos havia na casa era de R$ 6 milhões. Durante o assalto, o dinheiro não foi encontrado nem ficou comprovada sua existência no local.

Os valores oferecidos aos envolvidos no assalto divergem. Paulo Henrique da Silva disse que ter sido informado de que na casa havia R$ 500 mil e ele receberia R$ 5 mil pela participação no assalto.

O convite foi feito às 15h do dia do assalto. Durante a ação, ele usou o cadarço do tênis para amarrar o segurança da casa. "Eu 'tava' em muita necessidade. Falaram que o 'serviço' era com um aposentado", justifica.

Anderson Ferreira dos Santos, que está na Máxima, garante que não teve participação no crime, mas diz que ganhou o celular roubado do filho do prefeito em outra ação, realizada em abril do ano passado. "Eu sabia que o celular era de algum assalto, mas não sabia qual", afirma.

Dutra, que participou da invasão da casa de Nelsinho, foi quem levou um adolescente de 17 anos e outro envolvido à casa do prefeito em abril.

Quando o filho de Nelsinho foi rendido, a primeira-dama conseguiu impedir uma ação violenta e voluntariamente entregou dinheiro e o aparelho celular, na versão do adolescente que prestou depoimento, cujo nome é preservado em conformidade com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente.)

Durante o depoimento, Marcos Ferreira de Carvalho também alegou não saber que o alvo do assalto era a casa do prefeito. "Depois que eu saí da casa é que soube de quem era e o que tinha", diz.

A quantia citada durante o planejamento do assalto, segundo ele, foi de R$ 500 mil a princípio e depois aumentou para R$ 6 milhões, mas nenhum desses valores foi encontrado pelos assaltantes.

A audiência desta tarde teve início por volta de 13h20 e foi encerrada apenas às 17h40, após depoimentos de testemunhas de defesa, acusação, e do interrogatório dos réus.

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