Santa Casa investe para melhorar imagem do hospital
A Santa Casa de Campo Grande completou cinco anos de intervenção pelo poder público em janeiro deste ano. Com status de ser um dos maiores hospitais do Centro Oeste e com média de seis mil atendimentos por mês , só no Pronto Socorro, a administração trabalha agora para melhorar a imagem da instituição.
Considerada a quarta maior do país, a Santa Casa de Campo Grande tem atualmente como presidente Jorge Martins, que tem longa experiência em administração pública, tendo ocupado diversos cargos em governos estaduais e municipais e que foi vereador na Capital por dois mandatos.
Ele conta que teve dois minutos para decidir se aceitava a missão de gerir o hospital. "Apesar de eu ter dito 'não', o prefeito (Nelson Trad Filho) 'gentilmente' me definiu a missão", brinca.
O ex-secretário de administração de Campo Grande está há 68 dias na função, a primeira vez que ele trabalha na área de saúde.
Martins é administrador, contador e economista por formação e disse que passa grande parte de seu dia no hospital. "Esse cargo demanda tempo e dedicação. Não adianta enrolar", comenta.
O estopim da intervenção no hospital, em 15 de janeiro de 2005, foi uma dívida de R$ 37 milhões com bancos, fornecedores e concessionárias de telefone, energia e água. Por conta disso, a Santa Casa ficou fechada por alguns dias, aceitando apenas casos de urgência.
Foi o primeiro caso de intervenção no País que envolveu o afastamento total da diretoria de um hospital privado.
Atualmente, o orçamento do hospital é de R$ 11 milhões de reais por mês, 93% deste montante são repassados pelo SUS. O restante vem de convênios particulares.
Atendimentos - A Santa Casa realizou, em agosto, 6000 atendimentos no Pronto Socorro; 18 mil consultas de ambulatório; 53 mil exames; 1.900 cirurgias; 250 partos e outros serviços. O hospital tem 598 leitos, sendo 508 para atendimentos do SUS (Sistema