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Cidades

Saúde quer vacinar 42 mil em MS e livra gestante de custo de R$ 190

Lidiane Kober | 17/11/2014 18:49

Grávidas e recém-nascidos ganharam um novo reforço para proteção contra a coqueluche, uma das dez maiores causas de mortalidade infantil. A partir deste mês, as mamães têm à disposição a vacina contra a doença, que, na rede privada, custa entre R$ 160 a R$ 190 e ainda ajuda a prevenir o tétano e a difteria (dTpa).

Em Mato Grosso do Sul, o público-alvo é composto por 42,2 mil gestantes e 5 mil profissionais de saúde. O Governo Federal já repassou 18,5 mil doses e, partir de novembro, passará a enviar cota mensal com 4,4 mil unidades da vacina. No Estado, foram registrados 267 casos da doença e quatro mortes, entre 2011 e 2013.

Segundo dados do Ministério da Saúde, houve aumento significativo no número de ocorrências e de mortes por coqueluche em todo o mundo, principalmente na faixa etária até 6 meses de idade. Em 2009, havia menos de 2 mil casos no planeta. Em 2012, o índice subiu para 7 mil. No Brasil, 98 pessoas morreram por coqueluche neste ano. Em 2013, foram 568 diagnósticos e 110 mortes.

A recomendação do Ministério da Saúde é para aplicação da dose entre as 27ª e a 36ª semanas de gestação, período que gera maior proteção para a criança, com efetividade estimada em 91%. Entretanto, a dose também pode ser administrada até, no máximo, 20 dias antes da data provável do parto.

Para a implantação da vacina no calendário, o Ministério adquiriu quatro milhões de doses, com investimento de R$ 87,2 milhões. Cada uma tem o custo de R$ 21,81. Já foram distribuídas para todas as unidades da federação 1,2 milhões de doses. Além disso, o Programa Nacional de Imunizações vai fazer o envio mensal de 300 mil doses. Com a incorporação da dTpa, a rede pública passa a ofertar 17 vacinas de rotina no calendário nacional. 

Além de se proteger, a mãe vacinada passa anticorpos para seu filho ainda no período de gestação, garantindo ao bebê imunidade nos primeiros meses de vida até que ele complete o esquema vacinal contra coqueluche, definido pelo calendário básico. Profissionais de saúde que atuam nas maternidades e UTIs neonatais também receberão a vacina e terão que fazer o reforço a cada 10 anos.

A doença – A coqueluche é uma doença infecciosa aguda de alta transmissibilidade, causada pela bactéria Bordetella pertussis. As principais complicações secundárias são a pneumonia, otite média, ativação de tuberculose latente, enfisema pneumotórax, entre outras.

O número de casos da doença reduziu de 40 mil notificações nos anos 80, em média, para cerca de 1.500 casos na década de 2000. No entanto, a partir de 2011, houve aumento nos casos em todo o mundo, sobretudo em crianças menores de três meses, por não terem ainda recebido o esquema completo da vacinação contra a doença.

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