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Cidades

Secretários descartam rede particular e vão “internar” pacientes em 3 UPAs

Edivaldo Bitencourt e Jéssica Benitez | 30/07/2013 14:36
Enquanto saúde vive uma das maiores crises da história, Bernal troca cor de UPA (Marcos Ermínio)
Enquanto saúde vive uma das maiores crises da história, Bernal troca cor de UPA (Marcos Ermínio)

As secretarias de Saúde do Estado e do município descartaram utilizar leitos em hospitais particulares para solucionar o “caos” no sistema de emergência e urgência em Campo Grande. Os pacientes em estado grave vão ser “internados” em três unidades de saúde 24 horas por falta de leitos no PAM (Pronto Atendimento Médico) do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian e pronto socorro da Santa Casa de Campo Grande.

A superlotação da emergência é antiga em Campo Grande, mas foi agravada nesta semana com a interdição do PAM do Hospital Universitário na segunda-feira pela Vigilância Sanitária Estadual. De manhã, 13 pacientes, sendo nove após sofrer infarto, estavam aguardando vagas em postos de saúde, que não possuem estrutura adequada para internação.

A situação foi tema de uma reunião de emergência, que demorou quatro horas, na Secretaria Estadual de Saúde. No encontro, os secretários interino de Saúde do Estado, Antônio Lastório, e do município, Ivandro Fonseca, definiram que vão ser mais rígidos na regulação das vagas de internação nos hospitais.

Fonseca admitiu que a Capital tem um déficit de 973 leitos hospitalares para atender a demanda de emergência e das cirurgias eletivas. Ele disse que o total corresponde a 59% da capacidade. No entanto, o secretário municipal de Saúde já se preocupou em isentar a atual administração do caos no setor. “É um problema antigo”, frisou.

Esquema de urgência – Os secretários e os diretores dos hospitais definiram que os pacientes vão ser “internados” em duas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento dos bairros Coronel Antonino e Universitário e no Centro Regional de Saúde do Conjunto Aero Rancho.

A Santa Casa vai classificar os casos atendidos no Coronel Antonino, enquanto o HR fica com os pacientes do Aero Rancho. O HU vai fazer a classificação da UPA do Universitário. A UPA da Vila Almeida vai ficar na retaguarda para suprir eventual necessidade.

O Hospital São Julião, na saída para Cuiabá, também vai disponibilizar leitos para receber pacientes, mas não atender emergência.

Lastória voltou a ressaltar que o problema de saúde pública na Capital é nacional. Ele disse que a antecipação da abertura do novo PAM do HR não vai solucionar o problema, porque os novos leitos só vão suprir a demanda atual, já que a emergência já está acima do limite.

Antes da reunião, o secretário estadual de Saúde já havia antecipado que a rede particular não seria utilizada para receber pacientes do SUS. Ele disse que muitos acabam recorrendo ao SUS para os casos de emergência.

Nova cor – Apesar dos problemas na rede pública, a prefeitura encontrou tempo para trocar a cor da UPA do Bairro Coronel Antonino. Na tarde de hoje, operários pintavam a unidade de azul, cor do prefeito Alcides Bernal (PP).
A UPA estava nas cores laranja, que são ligadas ao antecessor, Nelson Trad Filho (PMDB).

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