Seleção do IBGE sem inscritos em aldeia e assentamento
Com pouca procura, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) está enfrentando problemas para preencher as 2.237 vagas de recenseador no Censo 2010 em Mato Grosso do Sul. Faltando um dia para acabar o prazo de inscrição nos Correios, o órgão ainda não registrou nenhum inscrito para realizar o trabalho em várias aldeias e assentamentos.
A procura pelo concurso é baixa também em alguns municípios. Em Chapadão do Sul, a 336 quilômetros de Campo Grande, o IBGE vai contratar 17 pessoas, mas apenas 10 se inscreveram até hoje. Em Jaraguari, a 51 quilômetros de Campo Grande, tem 7 inscritos para 8 vagas.
De acordo com a coordenadora de divulgação do IBGE em Mato Grosso do Sul, Isabel de Paula Costa, a situação é ainda mais difícil nos assentamentos e aldeias. Não houve nenhum inscrito em vários locais.
Este é o caso do Assentamento da Cesp em Anaurilândia e na reserva indígena de Dois Irmãos do Buriti, que oferecem duas vagas cada, mas não receberam nenhuma inscrição até hoje. Outros aldeias e assentamentos que não receberam inscrições são de Angélica, Antônio João, Bela Vista, Bodoquena, Caarapó, Coronel Sapucaia, entre outros.
Atrativo - Os salários variam de acordo com o trabalho executado. São R$ 800 e R$ 1.600, dependendo da dificuldade de coleta da área para cada setor censitário concluído.
Na Capital, foram feitas 847 inscrições para disputar 683 vagas. A concorrência é maior em Corumbá, com 457 inscritos para 91 vagas. Em Batayporã, são 56 candidatos para 10 vagas.
O IBGE sempre enfrenta problemas para contratar recenseadores no País. Os candidatos devem ter, no mínimo, ensino fundamental. As provas serão feitas em 30 de maio deste ano. O trabalho começa em agosto e deve durar três meses.
Cada recenseador responderá por um setor censitário, composto em média por 300 domicílios.
