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Cidades

Sem câmeras e com estradas vicinais, ladrões "ficam de olho" no Guanandi

Graziela Rezende | 01/10/2013 13:58
Estrada vicinal localizada na saída para Sidrolândia. Foto: Divulgação
Estrada vicinal localizada na saída para Sidrolândia. Foto: Divulgação

O aumento de roubos a veículos este ano, na região Sul da Capital, como os bairros Guanandi e Aero Rancho, com vítimas mantidas em cárcere para a “passagem” dos veículos para a fronteira, tem uma explicação. Segundo a Polícia, os bairros ficam nas proximidades da rodovia que dá acesso a saída para Sidrolândia, já que a BR-060 é a única sem o registro fotográfico dos carros e com diversas estradas vicinais.

“Até outubro de 2012, este tipo de crime ocorria muito na saída para Três Lagoas, nas proximidades do aeroporto Santa Maria e bairros próximos. Porém, todos os veículos furtados e roubados eram flagrados no Sinivem (Sistema Integrado Nacional de Identificação de Veículos em Movimento) e em seguida apreendidos. Nessa saída, não contamos com o sistema”, explica a delegada Maria de Lourdes Cano.

Responsável pela prisão de muitas quadrilhas especializadas neste tipo de crime, durante investigações da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos), a delegada diz que “os bandidos estão sempre em busca de inovações e facilidades”, no intuito de despistar a investigação policial.

“É uma rodovia que dá inúmeras opções para chegar ao Paraguai, passando por Jardim, Bela Vista, Caarapó, Dourados, além de diversas estradas vicinais. Na outra saída, como em Três Lagoas, por exemplo, registramos em três pontos qualquer movimentação de veículo, mas mesmo assim recuperamos, com exceção de um caminhão, todos os veículos que tentaram atravessar a fronteira este ano”, explica a delegada.

Neste final de semana, durante a madrugada, uma família do Guanandi foi feita refém de cinco bandidos. As vítimas foram amarradas e mantidas em cárcere, sendo que os autores exigiam a todo o momento a chave de dois caminhões e R$ 50 mil, que eles garantiram ter a “informação quente”, de que o dinheiro estava na casa.

Sem sucesso, já que o motorista estava viajando e o outro estava sem a chave, os autores fugiram levando o carro da família, com diversos pertences da casa e uma das vítimas. Ela foi levada para um matagal no Itamaracá e conseguiu escapar, acionando a Polícia.

Outro caso -  Em agosto, na madrugada do dia 28, uma família no mesmo bairro permaneceu por cinco horas refém de bandidos. Ao todo, seis pessoas foram amarradas dentro de casa por três assaltantes armados. Em depoimento, elas disseram que o crime ocorreu depois que um rapaz da família saiu para guardar o carro na garagem, abriu o portão da casa e foi rendido por um integrante da quadrilha.

Os criminosos entraram na residência por volta das 19h30 e saíram por volta das 0h30. As vítimas não foram agredidas e os autores fugiram com dois veículos, entre eles um caminhão-baú, celulares, televisores e notebooks.

Sinivem - A Justiça afirma que este é um importante sistema de combate à fraude no seguro de automóvel, de furtos e roubos, principalmente por conta da sua eficiência. Na Capital, autoridades ainda tentam parcerias para a implementação ainda este ano.

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