ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 23º

Cidades

Sem previsão de acordo, greve de servidores da UFMS completa 100 dias

Aline dos Santos | 10/09/2015 11:04
Servidores fizeram mobilização hoje na universidade. (Foto: Fernando Antunes)
Servidores fizeram mobilização hoje na universidade. (Foto: Fernando Antunes)
Segundo Agnaldo, última proposta do governo foi reajuste parcelado em quatro anos, (Foto: Fernando Antunes)
Segundo Agnaldo, última proposta do governo foi reajuste parcelado em quatro anos, (Foto: Fernando Antunes)

A mais longa greve dos servidores administrativos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) completa 100 dias e não tem previsão de término. De acordo com o representante do comando local de greve do Sista (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino), Agnaldo Cardoso, a categoria quer reposição salarial de 27,3%. Contudo, o governo federal ofereceu 21%. “Ora oferece os 21% em duas vezes, ora os 21% em quatro anos”, afirma.

Segundo ele, a última proposta foi de parcelar o reajuste em quatro anos, considerado inviável pelos trabalhadores. Com a greve, a biblioteca do campus em Campo Grande funciona somente no período da manhã e o servidores do HU (Hospital Universitário) se organizaram em escalas. “Mas o HU, na verdade, não veio assim na sua integralidade para essa greve”, afirma Agnaldo.

De acordo com o sindicalista, a maior adesão é do campus de Corumbá, com 70% dos técnicos em greve. Em Campo Grande, a estimativa é que 60% dos servidores tenham aderido à mobilização. O movimento grevista também quer definição de data-base da categoria.

O Sista tem 3 mil filiados no Estado, sendo 1.800 em Campo Grande. O aniversário da greve foi marcado pela doação de fraldas geriátricas para o asilo São João Bosco. A concentração foi no campus da instituição na Capital.

Docentes – Os alunos da UFMS também enfrentam a greve dos professores, iniciada em junho deste ano. Com a paralisação o calendário acadêmico chegou a ser suspenso, mas a decisão foi revogada em 31 de agosto. Porém, a greve dos docentes prossegue.

A universitária Matia Angélica Ferreira Guirado, 18 anos, conta que teve aula normal no curso de odontologia até 24 de junho. Durante a suspensão do calendário, voltou para a casa, na Bahia. Ontem, retomou provas, mas prossegue a dúvida de como será a conclusão do semestre. A instituição tem 15 mil alunos e 1,3 mil professores.

Biblioteca só funciona no período da manhã na UFMS. (Foto: Fernando Antunes)
Biblioteca só funciona no período da manhã na UFMS. (Foto: Fernando Antunes)
Nos siga no Google Notícias