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Cidades

Sem-terra deixam o Incra, mas permanecerão na capital

Redação | 10/11/2008 12:49

Depois e duas horas de reunião com a Polícia Federal e o ouvidor agrário do Incra, Julio César de Souza, os sem-terra concordaram em deixar o prédio do Instituto pacificamente. Os manifestantes invadiram o local na última terça-feira.

Mesmo com disposição em deixar o prédio, o grupo, com cerca de mil manifestantes, disse que vai permanecer em Campo Grande até a chegada do representante do Incra de Brasília, Celso Lisboa de Lacerda, que está prevista para quarta-feira. Neste momento, o Incra procura, junto a prefeitura e o governo do Estado, um lugar para abrigar todas as pessoas. Os sem-terra querem que seja um ginásio de esportes. A desocupação só começa, de fato, depois que o local estiver definido.

O deputado estadual, Pedro Kemp (PT), que desde o início da ocupação tem ajudado nas negociações, sugeriu que uma comissão de sem-terra permaneça no prédio. O que não foi aceito nem pela Polícia Federal nem pelo oficial de justiça. O deputado federal Vander Loubet (PT), chegou há pouco para ajudar nas negociações.

Os sem-terra acusam o superintendente do Incra em Mato Grosso do Sul, Flodoaldo Alves, de má gerência dos recursos do Instituto e pedem seu afastamento. Além disso, eles também exigem mais rapidez na divisão dos lotes de alguns assentamentos no Estado, a ainda a construção de casa nos assentamentos.

O grupo de cerca de 700 pessoa, que na última terça-feira ocupou o prédio do Incra, recebeu o reforço de mais 300 pessoas na manhã de hoje.

No final de semana, estava acertado que a desocupação seria feita hoje. No sábado, os sem-terra receberam de um oficial da Justiça Federal, a ordem para reintegração de posse.

Inicialmente, diante do oficial, os trabalhadores pediram prazo até hoje, alegando não ter como voltar para o interior e solicitando 14 ônibus para o transporte até sete municípios de onde as famílias saíram. Agora a intenção é permanecer na capital até conversarem com o representante de Brasília.

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