Sem vaga em Unei, mãe de bebê morto é liberada
A adolescente de 16 anos suspeita de agredir o filho, um bebê de cinco meses que morreu no fim de semana em Três Lagoas, foi liberada por falta de vagas em uma unidade destinada à internação de jovens autores de crimes. O pai da criança, de 21 anos, também suspeito de ser responsável pela agressão, foi levado para o presídio da cidade, preso em flagrante.
O delegado responsável pelo caso, Orlando Vicente, informou que a jovem foi liberada pela Justiça até que a investigação termine. Segundo ele, a liberação ocorreu porque em Três Lagoas não há Unei (Unidade Educacional de Internação) feminina e não foi disponibilizada uma vaga em outra cidade.
Quando o inquérito sobre o caso for concluído, será encaminhado para o Ministério Público Estadual, responsável pela acusação. Só aí o processo vai para a Justiça novamente, para definição de uma eventual punição aos pais, caso de fato sejam considerados culpados.
Segundo o delegado, as investigações apontam que o casal deverá ser indiciado por maus tratos com resultado de morte. A pena, para o pai do bebê, pode chegar a 12 anos. Para a mãe, a pena máxima é de internação por 3 anos.
O casal é suspeito de agredir o filho, que sofreu traumatismo craniano. A criança chegou a ser socorrida e ficar internada em um hospital de Três Lagoas.
O delegado informou que os pais levaram a criança ao Hospital e de lá mesmo foram encaminhados para a delegacia, após o Conselho Tutelar ser acionado e constatar evidencias de maus tratos, que foi informada à Polícia Civil.
Os dois já foram ouvido mas contaram versões conflitantes sobre o caso, primeiro dizendo não saber o que tinha ocorrido com o filho e depois falando que a criança se feriu quando brincavam com ela. A suspeita é de que a criança tenha sido atingida por um objeto como uma barra de ferro, durante uma briga dos pais.