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Cidades

Sem vagas em escola crianças ficam quatro meses fora da sala de aula

Filipe Prado | 31/10/2013 17:45
Vanessa teve que deixar seus filhos sem estudar durante quatro meses. (Foto: Cléber Gellio)
Vanessa teve que deixar seus filhos sem estudar durante quatro meses. (Foto: Cléber Gellio)

Famílias tentam uma vaga em escola integral de Campo Grande, mas não conseguem. Eles esperam que as vagas possam ser garantidas para eles a partir de amanhã, quando começam as pré-matrículas na escola do Bairro Rita Vieira.

As pré-matrículas, para os alunos do pré e 1º ano do ensino fundamental, da Escola Municipal Iracema Maria Vicente, começam nesta sexta-feira (01) e vão até o dia 5. A seleção será feita com as crianças que moram até dois quilômetros da escola. No entanto, muitas mães que moram na região reclamam que não conseguiram vagas. Como Vanessa Michela Oliveira Plens, 33 anos, que tenta matricular três filhos, de 8, 7 e 4 anos. “Estou há quatro meses tentando e ainda não consegui”, contou.

Ela diz que se mudou para o bairro há quatro meses e desde então não consegue colocar os três dos cinco filhos na escola, deixando-os sem aula. “Se não consigo vaga ali, só tenho a opção de ir à escola do bairro Itamaracá, mas não tenho como eu levar meus filhos até lá. Por isso tive que deixá-los sem estudar”, comenta a mãe.

Vanessa disse que está na lista de espera da escola há muito tempo, mas ainda há muitas pessoas na frente. “A diretora falou que tem 78 crianças na minha frente, é um número bem grande, por isso não consigo”.

Para Maria de Lurdes Lins Soares, 40, a dificuldade é a mesma, pois tenta colocar seu filho, de 11 anos, na escola, que fica a menos de 2 km de casa, mas não consegue. “Meu filho tem que ir à escola Antonio José Paniago, que fica no bairro Itamaracá. Ele vai com a irmã, mas depois tem que voltar sozinho, o que é perigoso”, comenta.

Ela relata que tenta há mais de um ano a matrícula, mas não há vagas e a partir do ano que vem ele terá que ir sozinho pra escola ou mudar para uma mais longe. “A irmã dele vai sair daquela escola, porquê não há mais séries pra ela, então ele vai sozinho ou muda de escola com ela, mas seria melhor se estudasse aqui perto”, explica Maria de Lurdes.

As vizinhas Juliana de Carvalho da Silva, 24, e Jackeline Elias Olmedo, 25, passam pela mesma situação. Elas têm um filho de quatro e um de cinco, respectivamente, e acham que podem não conseguir as vagas. “Eles já passaram muitas datas para irmos fazer a matrícula, mas não conseguimos. Nós vamos sexta-feira (01) lá para fazer somente a pré-matrícula”, comenta Juliana.

Elas ainda dizem que algumas crianças da escola não moram no bairro, mas em regiões mais distantes. “Eu conheço pessoas que moram no bairro Carlota e outra que mora depois da fábrica da Coca-Cola, mas que estudam ali e nós que moramos perto não conseguimos vagas”, denuncia Jackeline.

As mães reclamam que não conseguem vagas na escola (Foto: Cléber Gelio)
As mães reclamam que não conseguem vagas na escola (Foto: Cléber Gelio)
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