Servidor da Funai é denunciado por extração de diamantes
O servidor da Funai em Dourados, João Bosco da Silva Farias, é acusado de participar de esquema de extração ilegal de diamantes em Rondônia.
Como trabalhava naquele estado, antes de vir a Mato Grosso do Sul, segundo o MPF (Ministério Público Federal) o funcionário integrava grupo, com outros 2 servidores, que facilitava a exploração irregular em aldeias de índios cinta-larga.
O MPF encaminhou à Justiça uma ação, denunciando os funcionários da Funai por improbidade administrativa.
Os três eram empregados do órgão em Cacoal (RO). Entre as irregularidades apontadas pela Procuradoria estão a cobrança para entrada de garimpeiros em uma reserva de Espigão D'Oeste (RO) e agenciamento de garimpeiros.
Além de João Bosco, foram denunciados José Nazareno Torres de Moraes, que trabalha em Belém (PA) e Valdir de Jesus Gonçalves, que hoje atua em Tabatinga (AM).
As supostas irregularidades aconteceram a partir de 2002 e, segundo a Funai, foram apuradas por meio de sindicância.
O procurador da República, Reginaldo Trindade, garante que mesmo longe do estado, os suspeitos continuaram atuando ilegalmente.
Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, Nazareno é apontado na ação como "ponto de contato entre o crime organizado e lideranças indígenas". Ele já é réu em pelo menos três ações penais relacionadas à extração de diamantes.
Os outros dois suspeitos já haviam sido denunciados por formação de quadrilha e exploração ilegal de diamantes.
O MPF pede que eles sejam condenados à perda do emprego e o ressarcimento de eventuais prejuízos causados ao erário, além de pagamento por danos morais à União e aos índios. (Informações do Jornal Folha de São Paulo)