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Cidades

Servidora recebe informações sobre sindicância da UFMS

Redação | 25/10/2010 22:39

A servidora Waleska Mendoza, que trabalha no campus Pantanal da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), responsável por denunciar a instituição ao MPF (Ministério Público Federal) por intolerância religiosa, recebeu hoje a cópia do processo de sindicância que a reitoria instaurou por meio da portaria 513, de 30 de agosto deste ano.

Segundo Waleska, o processo foi aberto para apurar responsabilidade da servidora por fazer exposição da universidade à mídia. A reitoria da instituição afirma que ela feriu os incisos II, III, IV e VII da lei federal 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O artigo 116 estabelece os deveres do servidor e determina no inciso II que o profissional deve ser leal às instituições que servir. Nos incisos III e IV constam determinações de que o servidor observe as normas legais e regulamentares e que cumpra as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais.

No inciso VII consta a ordem de que o servidor deve zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público.

Caso - Waleska perdeu o cargo de chefe da Secretaria Acadêmica, onde já estava há três anos e meio, por inserir trechos bíblicos em memorandos e outros documentos internos encaminhados dentro da universidade.

A servidora relata que o atual diretor da instituição em Corumbá, Wilson Ferreira de Melo, lhe pressionou várias vezes para parar de inserir trechos bíblicos nos memorandos.

Como manteve sua posição, baseada em uma liminar da Justiça Federal de São Paulo, liberando o uso de símbolos religiosos neste tipo de repartição, acabou perdendo o cargo de confiança.

Waleska alega que o próprio ex-reitor da UFMS, Manoel Catarino Paes Peró, expressou "agradecimento a Deus" na placa de inauguração da biblioteca, em Campo Grande.

Ao Campo Grande News, o diretor do campus, Wilson Ferreira de Melo, negou perseguição religiosa e disse que a servidora foi avisada inúmeras vezes sobre uma determinação interna da instituição, de não inserir mensagens religiosas em documentos oficiais.

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