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Cidades

Servidores fazem assembleia para cobrar promessas de Bernal

Agentes Comunitários de Saúde se reúnem na quarta-feira para cobrar continuidade do projeto “Oito horas por meta” e também repasse de dinheiro enviado pelo Ministério de Saúde

Carlos Martins | 01/04/2013 15:43
Marcos Tabosa, presidente do Sisem: "Bernal garantiu que daria continuidade ao projeto Oito horas por meta" (Foto: Arquivo)
Marcos Tabosa, presidente do Sisem: "Bernal garantiu que daria continuidade ao projeto Oito horas por meta" (Foto: Arquivo)

Agentes Comunitários de Saúde fazem uma assembleia na quarta-feira para discutir a mais recente ameaça do prefeito Alcides Bernal (PP), que é a de suspender o projeto piloto “Oito horas por meta”. Conforme o projeto, elaborado pelo Sisem (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Campo Grande), os agentes trabalham oito horas direto, sem intervalo, e graças a esta jornada conseguem pegar os moradores em casa entre ás 11h e 13, situação que não seria possível se eles parassem para o almoço.

Em execução desde março do ano passado, o projeto foi aprovado pelo então prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) e, conforme o Sisem, o perfeito Bernal se comprometeu em dar continuidade.

Segundo o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, no início de janeiro em reunião com o sindicato, o secretário Municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, mais o secretário-adjunto de Saúde, Vitor Rocha Pires de Oliveira, e o líder do prefeito na Câmara, vereador Alex do PT, garantiram que o projeto teria continuidade.

A assembleia, a ser realizada na sede do Sisem, tem primeira chamada marcada para as 18h30 e a segunda para as 19h. Na pauta, os servidores também vão discutir sobre o Mutirão Contra a Dengue (60% dos agentes deixaram o mutirão porque não receberam gratificações), e também sobre uma promessa de campanha de Bernal de repassar integralmente o valor de R$ 950 enviado pelo Ministério da Saúde para os agentes a título de incentivo.

“Do valor repassado, eles recebem R$ 209. Vamos cobrar o repasse integral”, disse o presidente do Sisem, que irá propor na assembleia aos servidores um dia de mobilização dos servidores. “Vamos definir a data. Cerca de 500 servidores vão fazer uma manifestação que irá terminar em frente à prefeitura”, anunciou o presidente.

Eficácia - Segundo Tabosa, o projeto “oito horas por meta”, tem dado resultados com uma eficácia de 90% e beneficia tanto o servidor como os próprios moradores. Atualmente, 500 agentes participam do projeto piloto, mas a intenção do sindicato é que o prefeito aprove a inclusão de todos os Agentes Comunitários de Saúde ativos, que chegam a 1.150. “Conseguimos implantar esse projeto com muita luta e os objetivos foram plenamente alcançados. O agente faz hoje de 10 a 12 visitas diárias de acordo com o que preconiza o Ministério da Saúde”, observou.

Segundo Tabosa, os servidores estão mais satisfeitos, já que sobra mais tempo para eles fazer cursos, estágios. “Os agentes estão trabalhando mais felizes e também diminuiu o número de atestados médicos”, afirmou. “Na verdade, com esse projeto estamos ajudando o gestor, e é o próprio sindicato que fiscaliza o cumprimento das jornadas”, informou.

Sobre o mutirão da dengue, outro assunto que será discutido na assembleia, Marcos Tabosa disse que se Bernal pagar as gratificações cortadas, cada um dos agentes irá decidir se volta ou não para o Mutirão contra a Dengue. No início da segunda quinzena de março cerca de 60% dos agentes decidiram deixar o mutirão porque nos meses de janeiro e fevereiro eles não receberam a gratificação de R$ 110.

“O agente não é obrigado a participar do mutirão já que tem suas atribuições normais. Se o prefeito pagar as gratificações, se quiserem, eles voltam. Mas o prefeito terá que reconquistá-los, e como irá fazer isso se está ameaçando cortar um plano que está dando certo?” , questionou o presidente do Sisem.

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