Sete meses após duas mortes, MPE denuncia empresário
Sete meses depois das mortes dos motociclistas Anderson André de Souza, 26, e de Carlos Alberto de Souza da Silva, 21, ocorridas em janeiro deste ano, o MPE (Ministério Público Estadual) denunciou o empresário Evaldo Fernandes Maciel, por homicídio culposo (sem intenção de matar).
Contudo, a denúncia apresentou dois agravantes. O primeiro é com base no artigo 70 da Lei 9.503/97, que pune quem não respeita o pedestre que estiver atravessando na faixa. O outro é o 305, que é o condutor afastar-se do local do acidente para fugir a responsabilidade criminal e civil. O terceiro artigo, o 69 do Código Penal, Maciel responderá por omissão em dois crimes, podendo ser condenado por penas cumulativas.
O crime - Em 9 de janeiro deste ano, Maciel conduzia a Hilux prata, placas HTA-8191, de Rio Verde do Mato Grosso, e colidiu com um Saveiro, no cruzamento das avenidas Calógeras e Fernando Corrêa da Costa, no centro. O condutor do automóvel, Ariel Antônio Culere, 26, ficou ferido.
Na fuga deste acidente, ao realizar uma conversão proibida na Avenida Eduardo Elias Zahran para entrar na Rua Rui Barbosa, o empresário atropelou a motocicleta pilotada por Anderson de Souza.
O piloto ficou ferido e morreu, horas depois, na Santa Casa de Campo Grande. Carlos Alberto Silva ficou internado na UTI e morreu cinco dias depois. As famílias ficaram revoltadas e pediram indenização na Justiça pelo crime.
Impunidade - Namorada há três anos de Anderson na época, a assistente financeira Vaniely Camargo, 23, lamenta a impunidade no trânsito de Campo Grande.