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Cidades

Setembro começa com muito calor e com 62% das cidades de MS em alerta

Edivaldo Bitencourt e Raíza Calixto | 01/09/2015 17:05
Gabriela encontrou no tereré a saída para aliviar o calor.(Foto: Fernando Antunes)
Gabriela encontrou no tereré a saída para aliviar o calor.(Foto: Fernando Antunes)

O mês de setembro começou com muito calor, com a temperatura atingindo 39,6ºC, e o tempo seco, com 62% das cidades de Mato Grosso do Sul em estado de alerta. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a maioria dos municípios está com a umidade relativa do ar em torno de 15%.

E para enfrentar o calor infernal, o campo-grandense apela ao tradicional tereré. Até empresas passaram a liberar a bebida a base de erva-mate nas dependências. Este é o caso da vendedora Gabriela Silva, 19 anos, que passou a tomar tereré de três a quatro vezes ao dia. A sorte é que o chefe liberou a bebida. Com o tempo seco, a jovem chega a tomar oito litros de água por dia. E o tereré até virou um atrativo na loja, que passou a oferecer a bebida aos clientes.

De acordo com o Inmet, em 17 dos 27 municípios monitorados a umidade relativa do ar está entre 15% e 17% na tarde desta terça-feira (1º). A pior situação foi registrada em Aquidauana, a 135 quilômetros da Capital, onde os termômetros marcam 39,6ºC, a temperatura mais alta no Estado. A umidade na cidade pantaneira está em 14%.

O Pantanal é a região mais seca e quente em Mato Grosso do Sul. Miranda, a 201 quilômetros de Campo Grande, repete a situação, com o calor de 39,4ºC e umidade relativa do ar em 14%.

Em Campo Grande, a situação não é muito diferente, com a umidade na casa dos 17% e a temperatura atingindo 36,1ºC.

De acordo com a Defesa Civil, com a umidade relativa do ar entre 12% e 20%, a situação é de estado de alerta. A população deve evitar exercícios físicos e atividades ao ar livre das 10h às 16h para não ter problemas de saúde. Também é recomendado a utilização de soro fisiológico para olhos e narinas. Não é indicado permanecer em locais fechados.

Em outras seis cidades, a situação é considerada estado de atenção, com a umidade oscilando entre 20% e 30%. Só em duas cidades, Coxim e Bela Vista, apesar do calor de 38ºC, a umidade relativa do ar está em 40%, índice que é mais agradável, mas ainda longe do ideal, que é de 60%.

Caroline toma água de coco e também ingere muita água.(Foto:Fernando Antunes)
Caroline toma água de coco e também ingere muita água.(Foto:Fernando Antunes)
Iodete anda com uma toalhinha para se recompor, já que transpira muito.(Foto:Fernando Antunes)
Iodete anda com uma toalhinha para se recompor, já que transpira muito.(Foto:Fernando Antunes)

A acadêmica de Educação Física, Thawany Borges da Silva, 26, tenta driblar o calor tomando mais água e reduzindo a quantidade de exercícios físicos. À tarde, ela conta que a ingestão mais frequente de água de coco, suco e tereré.

A estudante de Engenharia Ambiental, Caroline da Silva Panzeira,19, também passou a tomar mais água devido ao calor intenso.

A doméstica Iodete Maia de Medeiros, 58, ainda não se acostumou com o calor intenso de Campo Grande, onde reside há um ano. Ela veio de Santa Ana do Livramento. “No sul, nós somos acostumados a ver água congelando ao sair da torneira, mas aqui é muito calor, ainda é difícil me adaptar”, contou a mulher.

No entanto, na contramão do sul-mato-grossense que apela ao tereré, Iodete ainda recorre, diariamente, ao tradicional chimarrão nos finais de tarde. “Só assim consigo matar a sede, nunca experimentei o tereré”, conta, sobre a bebida quente tradicional dos gaúchos.

No entanto, a situação só deve melhorar no fim de semana. De acordo com dois institutos, o Inmet e o Climatempo, pode chover nas regiões sul e sudeste de Mato Grosso do Sul na sexta-feira. A chuva pode chegar a Capital no sábado.

Na tarde de hoje  umidade relativa do ar chegou a 18% em Campo Grande.(Foto: Fernando Antunes)
Na tarde de hoje umidade relativa do ar chegou a 18% em Campo Grande.(Foto: Fernando Antunes)
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