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Cidades

Setor produtivo de MS vê afastamento de Dilma como saída à crise

Aline dos Santos e Caroline Maldonado | 14/04/2016 11:41
Na fachada da Fiems, campanha faz alerta contra carga de impostos. (Foto: Fernando Antunes)
Na fachada da Fiems, campanha faz alerta contra carga de impostos. (Foto: Fernando Antunes)
Presidente da Fiems  afirma que situação do Brasil é preocupante.(Foto: Fernando Antunes)
Presidente da Fiems afirma que situação do Brasil é preocupante.(Foto: Fernando Antunes)

O processo para impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que vai à votação no próximo domingo (dia 17), tem apoio dos setores produtivo, industrial e comercial em Mato Grosso do Sul. A expectativa é de que o afastamento seja solução para a crise política, que deriva em turbulência econômica. Representantes dos segmentos compartilham discurso de desaquecimento da economia e perda de credibilidade da classe política.

“A Associação Comercial não defende somente o impeachment, mas a limpeza geral na questão política. Todos nós estamos sendo abandonados pela classe política e seus interesses próprios. É a politicagem. Queremos mais, queremos retirar todos os corruptos do poder”, afirma o presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), João Carlos Polidoro.

Segundo ele, o desempenho do comércio está em queda livre. “Campo Grande não é diferente de nenhum lugar do País. Tem empresas fechadas, pontos comerciais com placa de aluga-se e venda. A crise econômica aliada à crise de credibilidade política está afundando o Brasil. Empresas sólidas estão fechando as portas”, salienta Polidoro.

Presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Ségio Longen afirma que a situação do País é preocupante. “Desemprego batendo recorde, atividade econômica insustentável, principalmente no setor industrial, que acaba arrastando o comercial. Nós vemos com muita preocupação a situação do Brasil hoje. Precisamos criar um pacto, não só pela governabilidade, mas também pela sustentação política. Não é possível avançar nas reformas sem que os parlamentares consigam aprovar os projetos que são necessários ao País. Esse é o motivo principal pelo qual a Fiems, alinhada com a Famasul, Fecomércio e OAB, defende o afastamento da Dilma”, afirma Longen.

A Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) informou, por meio da assessoria de imprensa, que não vai comentar o assunto.

No domingo, a votação começará às 14 horas na Câmara Federal e tem a previsão de terminar por volta das 21 horas. Líderes de todos os partidos poderão discursar como forma de orientar o voto de suas bancadas. Em seguida, cada deputado terá 10 segundos para apresentar sua posição. Se aprovado na Câmara, o processo seguirá para a análise do Senado.

O pedido de impeachment foi apresentado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. Os fundamentos para o afastamento da presidente são as “pedaladas fiscais” e edição de decreto de crédito suplementar.

As pedaladas correspondem ao uso de recursos de bancos públicos para quitar compromissos de programas sociais do governo.

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