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Cidades

Sindicato reduz reivindicações para facilitar negociação

Redação | 07/04/2009 14:11

Durante reunião com a secretária de Administração, Thie Higuchi, realizada ontem, o Sinsad (Sindicato dos Trabalhadores e Servidores da Administração do Estado) aceitou reduzir as reivindicações para que o reajuste salarial possa ser avaliado pelo governo do Estado.

"Nós mantivemos apenas 12%, relativos à reposição da inflação, 30% devido às perdas salariais e o adicional por capacitação, como já existe para os servidores da Educação", disse a presidente do Sinsad, Lílian Fernandes, lembrando que também foi pedido o retorno da complementação por risco de vida aos agentes das Uneis (Unidade Educacional de Internação).

Segundo Lílian, a secretária ficou de apresentar as reivindicações da classe ao governador André Puccinelli (PMDB), que é quem vai dar a palavra final. Na ocasião, conforme a presidente, Thie disse que considera legitimo o pedido, mas que o momento de crise pode dificultar a concessão do reajuste, e ainda que conta com a paciência dos servidores.

"Nós dissemos a ela que entendemos as atuais circunstâncias do Estado, mas que já tivemos muita paciência. E ainda que o governo reforma Morenão e contrata ex-prefeitos com salário de R$ 10 mil. Os trabalhadores da Assembléia Legislativa já tiveram aumento, mas os do Executivo sempre têm de esperar. E, sobre tudo, o servidor estadual não pode pagar pela crise", argumentou.

Para depois - A secretaria convenceu o Sindicato a apresentar o restante das demandas no decorrer do ano. De acordo com ela, o PCC (Plano de Cargos e Carreiras), mudança da data base e aumento de 100% do adicional por função podem ser concedidos por decreto.

Lílian lembrou que no ano passado os servidores não tiveram reajuste, e que em pouco mais de dois anos de mandato do governador André Puccinelli eles receberam apenas 3% de aumento.

Projeto - Segundo o deputado estadual Youssif Domingos (PMDB), líder do governo na Assembléia Legislativa, os projetos tratando do reajuste devem ser analisados pela Casa na próxima semana.

Lembrando as palavras do governador, Youssif prevê um aumento linear entre 4,6% e 4,8%, mais ganho nominal.

"Se realmente for isso, nós não aceitamos, porque vai ser algo em torno de R$ 40. Muito pouco para quem já esperou tanto", comenta Lílian. "Estamos acreditando no que o governador disse, ele prometeu corrigir as distorções que ocorreram ao longo dos anos", frisou, destacando que espera que este índice de 4% não esteja fechado.

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