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Cidades

Síndrome do pânico fez jovem fugir do local de acidente

Redação | 21/04/2009 18:48

Com depoimento de aproximadamente duas horas, prestado à delegada Ariene Nazareth Murad de Souza, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), o jovem Marcelo Broch, de 18 anos, alegou que fugiu do local do acidente ocorrido na manhã dessa terça-feira no cruzamento da Rua Bahia com a Avenida Mato Grosso, porque sofre de síndrome do pânico.

Mesmo sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação), ele pegou o carro da tia e logo depois se envolveu em acidente que deixou em coma Rayssa de Oliveira Favaro, 19 anos, filha do superintendente da PRF (Policia Rodoviária Federal), Valter Favaro. O Fiat Uno conduzido por ela seguia pela Rua Bahia, e o Honda Civic, dirigido por Marcelo, pela Avenida Mato Grosso, quando houve a colisão.

A Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito) informou que Broch não possui CNH. Ele abandonou o local do acidente e deixou para trás o primo, Gabriel, de 16 anos, que também ficou ferido.

Gabriel é filho da promotora de Justiça Regina Broch, que é tia de Marcelo.

O depoimento começou às 17h e terminou às 19h. Após a sabatina, Marcelo saiu da Depac sem conversar com a imprensa. Segundo a delegada, ele afirmou ter aceito a sugestão de Gabriel para pegar o veículo Honda Civic sem a autorização dos pais do primo, com a finalidade de dar uma volta pela cidade.

A saída com o carro aconteceu depois que Marcelo e Gabriel chegaram de uma festa no Clube do Estoril, quando a promotora foi buscá-los, contou a família dos rapazes. Em seu depoimento, Marcelo afirmou estar dirigindo o veículo em uma velocidade de 60 quilômetros, obedecendo ao sinal que estava verde para ele. Pela grau de destruição dos veículos, a Polícia contesta esta versão.

Depois do acidente, Marcelo diz ter ficado transtornado, e diz ter ligado para sua mãe. Ela, segundo ele, passou a orientação de que o filho fosse para casa para ser medicado em consequência de sofrer da síndrome do pânico.

De acordo com informações da delegada Ariene, Marcelo frisou que não havia bebido. Durante todo o depoimento o jovem se mostrou calmo.

Questionado a respeito de quem o ensinou a dirigir, ele disse ter aprendido com o pai em uma fazenda. Ele não tinha carteira de habilitação, porque completara 18 anos recentemente, no dia 18 de março.

Ao fim do depoimento, foi assinado um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. O termo é feito quando a pena é de até dois anos.

Após a assinatura, Marcelo foi liberado e responderá em liberdade. O fato de ele não possuir CNH, segundo a delegada, é agravante que pode aumentar a pena, caso seja condenado.

Contudo, apesar da versão de Marcelo, as circunstâncias do acidente serão investigadas e com base em laudos policiais, será apontado qual a responsabilidade dele no acidente.

Rayssa Favaro está internada em estado de coma induzido na Santa Casa.

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