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Cidades

Situação indígena em MS ganha apoio mundial em Fórum

Redação | 03/02/2009 09:50

Durante o Fórum Mundial Social, as populações indígenas de Mato Grosso do Sul conquistaram o apoio de diversas entidades internacionais na luta pela demarcação definitiva de suas terras. De acordo com Rogério Batalha, assessor jurídico do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), no documento final do Fórum foi incluído o compromisso de entidades internacionais em acompanhar a evolução do processo de demarcação no Estado.

"A grande conquista da participação nesta edição do Fórum foi que o drama vivido, especialmente pelos Guarani-Kaiwá, ganhou visibilidade mundial", destaca Batalha.

De Mato Grosso do Sul foi enviada um delegação com 44 membros de diferentes etnias. O Fórum Social Mundial deste ano terminou no dia 1º de fevereiro e foi realizado em Belém, Pará.

Elizeu Lopes, cacique da aldeia Curuçu-Ambá, em Amambaí, frisou a oportunidade de falar com o ministro da Justiça, Tasso Genro, e com o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Meira, como um dos pontos mais importantes de sua viagem.

"Entregamos um documento ao ministro da Justiça pedindo que acelere o processo de demarcação das terras, este é o pior problema vivido pela população indígena de Mato Grosso do Sul. Ele disse que vai, pessoalmente, entregar nossas reivindicações ao presidente Lula", contou Lopes, durante rápida passagem pela rodoviária de Campo Grande rumo a Amambai.

Inácio Faustino e Elvis Polidomo, ambos da aldeia Cachoeirinha, em Miranda, avaliaram o Fórum como uma oportunidade de pressionar o ministro da Justiça a acelerar o pagamento das indenizações da ampliação da aldeia.

"Pedimos que até abril deste ano as indenizações sejam pagas e as terras sejam homologadas", disse Polidomo, lembrando que existem oito mil pessoas vivendo em uma área de 2.460 hectares, com a ampliação a aldeia passará para 38.460.

Além de apresentar suas reivindicações, os representantes indígenas de Mato Grosso do Sul tiveram a oportunidade conhecer a realidade de outros povos do Brasil. "Vimos que em todo o país a história é a mesma. A expansão da agricultura tem ameaçado a sobrevivência do índio. Na região norte a construção de hidroelétricas também representa uma ameaça", disse Lopes, frisado que os Caiapó "abraçaram a causa Terena".

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