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Cidades

Soldado pode ser punido por denunciar falta de gasolina

Redação | 10/08/2009 13:23

Intimado para prestar esclarecimentos após denunciar a falta de gasolina para viaturas da PM (Polícia Militar), o soldado José Florêncio de Melo Irmão, presidente da Associação de Cabos e Soldados Militares, será alvo de investigação do Comando da entidade. O inquérito aberto deve ficar pronto em 15 dias.

Segundo ele, há duas possibilidades ao final da investigação. Se ficar comprovada a veracidade da denúncia, é provável que os responsáveis pela viatura sejam punidos.

Caso não seja possível provar que realmente faltou o combustível, ele poderá responder a processo administrativo, baseado no regulamento disciplinar, e até penal por ter feito declarações à imprensa sobre o assunto.

"Como presidente de uma entidade que representa a classe, eu tenho todo o direito de me manifestar", rebate Melo.

Para ele, a abertura de investigação acerca do caso é apenas uma forma de 'perseguir' e 'calar' a denúncia. Isso porque, segundo ele, o Comando da PM já tinha conhecimento da falta de gasolina para as viaturas.

Ele diz, inclusive, que foi encaminhado documento do próprio Comando há cerca de dois meses, ocasião da chegada das novas viaturas, informando que a cota de combustível deveria ser readequada, porque seria dividida também entre os novos veículos.

Apesar de ter conhecimento do assunto, critica o soldado, a PM o intimou para prestar esclarecimentos sobre o caso, após denúncia feita em reportagem do Campo Grande News .

"Agora querem saber porque os oficiais não comunicaram o Comando, mas eles sabiam que estava faltando", completa.

Extremo - Ele afirma que o problema chegou a uma situação tão extrema que, no dia 16 de junho deste ano, a PM foi acionada para atender a uma ocorrência no Jardim Imá, em Campo Grande.

Ao chegar no local, os policiais encontraram um casal que havia sido amarrado pelos bandidos no banheiro da casa. Entretanto, não puderam fazer rondas no intuito de localizar suspeitos porque não havia combustível na viatura.

Eles, inclusive, entraram em contato com viaturas que estavam nas proximidades, mas elas também já estavam com o combustível 'no limite', e não puderam sequer procurar os assaltantes.

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