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Cidades

Tarifa de ônibus sobe R$ 0,20 no cartão

Redação | 23/02/2010 20:53

A tarifa de ônibus de Campo Grande ficará congelada em R$ 2,50 para quem paga em dinheiro, mas terá reajuste de R$ 0,20 no cartão, passando de R$ 2,30 para R$ 2,50.

Os valores foram confirmados pelo diretor da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, durante reunião do Conselho de Regulação dos Serviços Públicos, ocorrida na noite desta terça-feira, na sede da Agência de Regulação dos Serviços Públicos.

Rudel disse que em reunião, também ontem, com o prefeito Nelsinho Trad (PMDB), foram definidas as questões relativas ao reajuste e acertado que as pessoas que pagam em cartão perderiam o desconto, o que vai equiparar as duas tarifas, até então diferenciadas para estimular o fim da circulação de dinheiro nos ônibus.

Apesar da desvantagem agora, com a equiparação, a Assetur (Associação das Empresas do Transporte Coletivo Urbano) garante que vai fazer uso integral dos cartões. Em seis meses existe a pretensão por parte do órgão em eliminar o uso do dinheiro.

Essa medida, conforme a Assetur, visa diminuir os números de roubos que vem sendo praticados em ônibus coletivos da Capital, principalmente nos períodos noturnos.

Durante a reunião, o vice-presidente da Agência Reguladora, Marcelo Amaral, apresentou planilha de custos do sistema de transportes e informou que o custo real da passagem é de R$ 2,55 e que acabou caindo para R$ 2,50.

Só no ano passado, de acordo com ele, mais de 8,9 milhões passagens pelas catracas, oriundas de passes de estudante, foram contabilizadas. O diretor da Agetran também explicou que de 1998 até o ano passado, o número de passageiros pagantes baixou em 30%.

Em 2009 houve redução no custo do óleo diesel, o que apontou para a necessidade até de redução da tarifa, gerando debates e compromisso de congelamento total em 2010.

Justificativas - Para justificar os sucessivos aumentos, a planilha, com números da Assetur, Agetran e referendados pela Agência de Regulação, contém dados relativos aos gastos com funcionários (36,65% do total arrecadado) e combustível (21,25%) das empresas.

De acordo com a planilha, em 2003, com um salário mínimo se comprava 148,15 passes. Em 2010, com o valor do mínimo em R$ 510, é possível comprar 204 passes.

O novo aumento, que é chamado de "unificação", atingirá cerca de 68% dos usuários que pagam passagem. Este é o percentual de passageiros que utiliza o cartão e paga R$ 2,30, hoje.

Rudel ainda enfatizou que o desconto para quem usasse cartão era concedido com o objetivo de incentivar a população a utilizar o cartão.

Presente na reunião, o vereador Lídio Lopes (PP), presidente da Comissão de Transportes da Câmara, explicou que a medida não é satisfatória, afinal, a tarifa do cartão também deveria permanecer congelada em R$ 2,30.

O diretor da Agetran também disse que pedirá a Assetur que melhore as câmeras de segurança dos coletivos, que não tem uma imagem muito boa e não registra devidamente os rostos, por exemplo. Ele ressaltou que 95 novos ônibus passaram a compor a frota e todos serão adaptados com elevador e espaço de acessibilidade.

Crimes - Durante a reunião, membros do Conselho de Regulação de Serviços Públicos alegaram que a ausência de dinheiro nos ônibus não resolve a violência, já que agora os bandidos podem focar os assaltos nos passageiros, ao invés do caixa da empresa.

As tarifas para ônibus executivo conhecido como "fresquinho", continua sendo de R$ 3,00. O desconto aplicado durante o horário de 8h as 10h59, de dez centavos, foi extinto.

A unificação começa a vigorar no dia primeiro de março.

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