ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 22º

Cidades

Taxistas tentam criar associação depois de denúncias

Redação | 17/06/2010 10:22

Grupo composto por 14 taxistas auxiliares quer criar uma associação para fazer frente ao Sintáxi (Sindicato dos Taxistas de Mato Grosso do Sul), alvo de denúncia que levou ao afastamento do ex-presidente da entidade, Waltrudes Pereira Lopes.

O vice-presidente da única chapa que se candidatou, Marcelo Petenon, ressalta que a principal proposta do grupo é se organizar para disputar a eleição ao Sintáxi.

No entanto, este é um plano para o futuro, pois o grupo de Waltrudes, que assumiu em janeiro de 2009, tem mandato de quatro anos.

A categoria é dividida em permissionários, que são os donos, e taxistas auxiliares, que são os contratos para dirigir os carros.

A estimativa de Marcelo é de existam em Campo Grande 800 trabalhadores, número que só poderá ser confirmado com a criação da associação.

A nova entidade poderá levantar dados acerca dos trabalhadores, segundo Marcelo.

Durante dois mandatos e meio, cerca de dez anos, o grupo encabeçado por Waltrudes está à frente do sindicato.

Para Marcelo, os trabalhadores temem represálias e, por este motivo, não se candidatam às eleições. "Sempre tiveram medo", enfatiza.

Wilson Pereira da Costa, 46 anos, era taxista desde 92 e parou a atividade há dois meses, quando o permissionário decidiu retirá-lo da atividade.

Ele afirma ser vítima de perseguição política porque questiona judicialmente o pagamento de impostos, como o ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) e a concessão ilegal de alvarás.

Já o atual presidente do Sintáxi, João Santana, que assumiu o lugar do antecessor afastado, diz que Wilson está sem emprego porque "gosta de mexer com a Justiça".

Ele esclarece que os permissionários têm liberdade para escolher os funcionários.

Wilson revela uma forma de pressionar um taxista é "tirá-lo" da frequência da rádio da Coopertáxi (Cooperativa de Taxistas).

João Santana esclarece que existem regras para o trabalho e precisam ser seguidas.

Como exemplo de infração às regras, ele cita casos de taxistas que mentem o lugar onde estão para conseguir mais corridas e deixam à espera os clientes.

Marcelo espera que pelo menos 200 auxiliares compareçam à eleição, que será feita em forma de assinatura de ata para os que concordam com a criação desta nova entidade.

A eleição será das 8 horas às 20 horas de sexta-feira, na casa de Marcelo, na Rua Guarujá, 207, Vila Sobrinho.

Nos siga no Google Notícias