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Cidades

Tensão e protesto não evitam derrota de alunos na UFMS

Redação | 07/08/2008 09:05

Com os rostos pintados, ao som de tambores e palavras de ordem, acadêmicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) lotam na manhã desta quinta-feira a reitoria da instituição, em Campo Grande. O clima é de tensão no local, com estudantes tentando invadir a reitoria e seguranças reagindo com socos e choque.

Mesmo com a manifestação de mais de 100 estudantes, o voto proporcional para a escolha do reitor está mantido, assim como o Colegiado Máximo como responsável pelo processo.

Com a derrota dos alunos no voto partidário, o voto dos professores e funcionários administrativos continua tendo mais peso na escolha do novo reitor. A lista tríplice tem que ser enviada para Brasília até 10 de setembro.

Os estudantes queriam também que o Colegiado Eleitoral, composto por 104 pessoas, fosse o responsável pelo processo eleitoral. Mas o Colegiado Máximo, com 41 membros, sendo três acadêmicos, é quem estará à frente do processo.

Frustrados - Os alunos também não conseguiram exibir um vídeo de um minuto em que o ministro da Educação, Fernando Haddad, fala que cada instituição tem autonomia para escolher o processo eleitoral.

O reitor, Manuel Catarino Peró, não deixou que o vídeo fosse exibido, mas um estudante que participava da reunião colocou o microfone próximo do computador, e os acadêmicos que acompanhavam a reunião pelo telão, puderam ouvir.

A reunião do Conselho Universitário continua e os acadêmicos tentaram invadir a sala. Com socos e choques, quatro seguranças conseguiram impedir.

Um dos estudantes agredido foi Daniel Gaspar, 19 anos, acadêmico de Direito. Ele foi empurrado e caiu no chão. Desorientado, ele saiu da manifestação e disse que levou um grande susto.

Um outro estudante, de Artes Sociais, que não quis se identificar por medo de retaliações, levou choque, mas está bem.

Ele disse que mesmo tendo sido vítima da situação, prefere não se identificar por medo que aconteça com ele o mesmo que já ocorreu com veteranos dele. "Eles atrasam documentação, por exemplo".

Aparentemente os estudantes não causaram nenhum dano à estrutura da UFMS. Apenas acionaram o extintor de incêndio durante a confusão.

Consulta - Da forma como foi aprovada, as eleições não serão diretas, porque os votos de alunos, professores e servidores têm pesos diferentes. Também não são eles quem decidem qual pessoa vai assumir a reitoria. A consulta, marcada para o dia 25 de agosto, servirá apenas para que sejam escolhidos 3 nomes, para que a lista seja enviada ao presidente Lula que dará a palavra final.

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