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Cidades

Trabalhadores da construção civil protestam contra novas normas da Caixa em programa habitacional

Ricardo Campos Jr. | 24/02/2011 12:28

Manifestantes se reuniram em praça pela manhã

Manifestantes ganharam as ruas em protesto (Foto: João Garrigó)
Manifestantes ganharam as ruas em protesto (Foto: João Garrigó)

Aproximadamente 150 pessoas entre empreiteiros e trabalhadores na área da construção civil reuniram-se durante a manhã desta quinta-feira (24) na Praça do Rádio Clube e saíram pela avenida Afonso Pena caminhando em protesto contra as novas normas ditadas pela Caixa Econômica Federal que altera critérios no programa Minha Casa, Minha Vida.

A partir de agora, somente compradores de imóveis em locais asfaltados e ligados à rede de esgoto poderão receber subsídio. O corretor de imóveis e construtor Adão Mendonça, líder do movimento, disse que a medida tende a prejudicar o mercado imobiliário.

Segundo ele, por serem terrenos mais baratos, grande parte dos empreendimentos está localizada em áreas contrárias à determinação da Caixa. “As construtoras investem dinheiro e ficam endividadas até a venda. Se ficarmos com nossos imóveis prontos e parados não poderemos construir e eles correm o risco de ficar à ação do tempo, depredados”.

Terrenos em bairros asfaltados e com rede de saneamento são mais caros, de acordo com Adão, o que inviabiliza investimentos nesses locais. “O construtor vai na frente, abre esses empreendimentos e depois a prefeitura vem com a infraestrutura”, afirma o líder do movimento.

Não existe, segundo ele, entidade que represente as classes envolvidas no manifesto. Entretanto, os trabalhadores se organizam para formar uma comissão que lutará acompanhada por outras do gênero em todo o País, de acordo com Adão, pelo retorno às antigas normas.

Um abaixo assinado estava à disposição na praça durante o manifesto que contou com caixas de som que tocavam vinhetas sobre os problemas que as mudanças trarão ao ramo da construção, além de faixas. A meta, de acordo com Adão, é percorrer todas as cidades do estado e a meta é de pelo menos 1,2 milhões de assinaturas.

Ele diz não ter ideia da quantidade de imóveis em fase de conclusão ou início em locais impróprios para entrarem no programa.

O objetivo da união é propor discussão entre trabalhadores e Caixa para analisar melhores alternativas, pelo menos prazo para vender imóveis que estão concluídos ou em fase de edificação.

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