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Cidades

Trabalho em frigoríficos é debatido em audiência na AL

Redação | 16/11/2009 22:59

A qualidade de vida dos trabalhadores da indústria da carne foi debatida nesta tarde na Assembleia Legislativa, durante audiência pública proposta pelo deputado Amarildo Cruz (PT) e deputado federal Antonio Carlos Biffi (PT-MS).

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Alimentação e Afins, Arthur Bueno de Camar, os avanços tecnológicos que fomentam a produção não devem ser priorizados em detrimento da qualidade de vida dos trabalhadores.

Camar integra o grupo de sindicalistas que defende a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 231/95, que reduz a carga horária dos trabalhadores de 44 para 40 horas semanais. A PEC foi aprovada por uma comissão especial da Câmara Federal e precisa ser votada em dois turnos pelos deputados.

Carlos Calves Lopes, 37 anos, já trabalhou em frigoríficos no Brasil e Austrália. Segundo ele, a rotina de 12 horas diárias de trabalho em uma mesa de cortes de carne é extremamente exaustiva.

Hoje, à frente do Sindmassa (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fabricação de Massas Alimentícias, Biscoito, Macarrão e Panificação em Mato Grosso do Sul) em Rochedo, Lopes afirma que a redução da jornada é fundamental para a qualidade de vida dos trabalhadores e não significa, necessariamente, queda na produtividade.

O Sindmassa reúne trabalhadores em 43 municípios do Estado. Eles reivindicam a redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais.

Biffi defende a proposta, em tramitação no Congresso Nacional, que visa implantar uma lei geral com a redução da jornada de trabalho em todo o Brasil. Atualmente, tramita no Senado Federal projeto de lei que reduz a jornada de quem trabalha no processamento de frangos.

Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aponta que 36,4% dos brasileiros trabalham mais de 45 horas por semana.

Participaram dos debates, no Plenário Júlio Maia, representantes do Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul; da DRT (Delegacia Regional do Trabalho); TRT (Tribunal Regional do Trabalho); Confederação Nacional dos Trabalhadores de Alimentação e Afins, entre outros órgãos e entidades. (Com informações da assessoria).

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