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Cidades

Trad culpa excesso de chuva e diz que não há erros

Redação | 01/03/2010 11:01

O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMBD), negou nesta manhã que as obras já executadas na Capital possam ter vícios que contribuíram para que os estragos causados pela chuva tomassem a dimensão que tiveram.

Para ele, o problema foge do alcance dos técnicos e se deve basicamente ao grande volume de chuva que caiu em pouco tempo, 88mm em 80 minutos.

Questionado sobre o avanço da construção civil, sem que plano diretor seja aplicado, Trad também não quis relacionar os fatos e lembrou que há um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o Ministério Público que está sendo cumprido e que "não há critério político para construção dos imóveis".

Segundo o prefeito, o equivalente a 12,5% das construções são destinadas às ações para garantir permeabilidade do solo, drenando águas da chuva.

Trad lembrou que neste ano o Plano Diretor do município passará por revisão e mais uma vez destacou que as normas da Lei de Uso e Ocupação do Solo estão sendo cumpridas à risca.

O prefeito recorreu a fatos ocorridos em outras partes do mundo para reforçar sua justificativa sobre o poder da natureza, citando o forte terremoto que abalou o Chile, no sábado e a enchente na Europa, que deixou mais de 100 mortos. "São exemplos que fogem às explicações estritamente técnicas", disse.

Trad disse que o fato de não haver vítimas em Campo Grande traz alívio e que agora "haverá muito palpiteiro", mas que "todas as obras são acompanhadas por profissionais gabaritados e a legislação ambiental é cumprida".

Bancada - A entrevista coletiva concedida pelo prefeito foi acompanhada pelos senadores Delcídio do Amaral (PT) e Valter Pereira, a promotora representando o MPE, Mara Cristiane, além do deputado estadual Paulo Corrêa (PT), do federais, Vander Loubet (PT), Antônio Carlos Biffi (PT) e Waldemir Moka (PMDB), por vereadores e o presidente da Câmara Municipal, Paulo Siufi.

Como representante do Estado, participou o secretário de Obras, Edson Girotto. Também esteve o coordenador da Defesa Civil, coronel Ociel Ortiz.

Uma reunião deve ser agendada pela bancada federal com o ministro da Integração, Geddel Vieira, ainda para esta semana, informou Moka. O objetivo é pedir ajuda financeira para reparos, que devem consumir mais de 11 milhões.

Questionado sobre o fracasso de obras de contenção de enchentes na região arrasada pela chuva no domingo, Segundo Nelsinho, as intervenções para contenção da água em frente ao Shopping Campo Grande, por exemplo, evitaram que a tromba d'água que atingiu a cidade no sábado invadisse o estacionamento.

"Estas obras contribuíram muito para que a catástrofe não fosse maior", declarou o prefeito, no gabinete da Esplanada Ferroviária.

Para o prefeito, "drenagem nenhuma" conseguiria segurar o volume de água que atingiu a cidade no sábado.

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