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Cidades

Trad diz que não muda rotina, mas vai cuidar da família

Redação | 06/05/2009 09:26

O prefeito Nelsinho Trad não pretende mudar a rotina de trabalho em Campo Grande, mas deve reforçar a segurança da família depois do assalto do qual foi vítima na noite de ontem.

"Sou homem público, não vou deixar de ir a bairro, nem sair carregado de seguranças. Mas sobre minha família vai ser diferente", conta Nelsinho.

Durante 11 anos no Rio de Janeiro, onde viveu em época de faculdade, ele conta que nunca foi assaltado, apesar da fama de cidade mais violenta do País.

"E justo na minha cidade agora ocorre uma coisa dessas. Fiquei com pistola na cabeça, mandaram eu deitar, me amarraram e ameaçaram até de morte, sob a mira de armas pesadas."

Na residência, na esquina da Paraíba com a rua da Paz, não existe circuito interno de TV e apenas um segurança estava no local na hora da invasão, além do motorista. Ambos foram rendidos e amarrados na garagem da casa.

A esposa, Antonieta Trad e o filho, Nelsinho Neto, não estavam no local. Ao saber do crime, a primeira-dama não "perdeu o equilíbrio", diz o marido. "Meu filho estava na aula de jiu-jitsu e Antonieta é muito corajosa, quando soube ficou forte ao meu lado".

Nelsinho conta que no momento da invasão já teve a certeza de que o assalto tinha "endereço certo". Os quatro homens que surpreenderam Nelsinho, enquanto ele fazia a barba, entraram chamando seu nome. "Era para mim, não foi aleatório. Eles diziam: você é o poderoso, o must".

O prefeito elogia o trabalho da Polícia, que enviou quatro delegados à casa depois do roubo, acompanhados pelo próprio secretário de Segurança do Estado, Wantuir Jacini. "Dei detalhes sobre o crime, a equipe da perícia também tirou fotos de tudo, pegaram digitais. Tenho confiança que vamos descobrir quem foi".

Os homens levaram jóias de Antonieta Trad e "gavetas" com fotos. Uma versão levantada ontem, é que os bandidos levaram fotos para provar que o assalto foi consumado na casa do prefeito.

Com a prisão dos autores, Nelsinho quer algumas respostas. "Depois que pegarem eles, a gente vai saber porque me escolheram, que está por trás disso".

Sobre a tentativa de assalto contra o filho, de 21 anos, na quinta-feira passada, o prefeito lembra que não pensou ser algo que destoasse da rotina de violência em campo Grande.

"Me contaram que a farmácia que fica perto de casa foi assaltada 4 vezes, no mesmo dia teve assalto no Carandá, em frente ao Belmar Fidalgo, pensei que fosse outra investida desses bandidos".

Apesar dos ladrões não estarem encapuzados, Nelsinho diz que não tem condições de identificar os bandidos, pelo menos 4 nas suas contas, mas diz que todos eram jovens. "Estava deitado de costas para eles, mas o único que pude ver, tinha no máximo 20 anos.

Para o prefeito, na verdade essa foi a segunda vez que se sente vítima dos bandidos neste ano. "Teve o roubo dos 80 note books das crianças da escola integral, que deixou todo mundo triste", lembra.

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