Trad garante que motorista e cobrador não pagarão multa

O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, disse hoje que as multas impostas às empresas que fazem o transporte coletivo não serão repassadas aos motoristas e cobradores. "Não vai ter multa no lombo de ninguém. Não tem essa de passar para o motorista pagar", afirmou. "A lei é clara (...) diz que quem tem que pagar é a empresa", acrescentou.

Ontem, o prefeito recebeu no gabinete dele o presidente do Sindicato dos trabalhadores do Transporte Coletivo de Campo Grande, Demétrio Ferreira de Freitas, que pediu uma garantia de que as multas referentes ao transporte não sejam repassadas aos funcionários das empresas. São 2.200 cobradores e motoristas trabalhando no transporte coletivo da Capital.

Nesta manhã, o prefeito disse que, atendendo pedido da categoria, ele voltará a se reunir com os sindicalistas e com os empresários para deixar claro que as multas não podem ser impostas aos funcionários. "Mas é claro que o motorista que fizer uma impudência muito grande tem que ser penalizado", ponderou o prefeito

A preocupação dos funcionários cresceu com a alteração dos valores das multas, que variavam de R$ 2 a R$ 10, e passaram no dia 27 de dezembro a valores de R$ 140 a R$ 2.000. As infrações sujeitas à multas variam de atraso e paradas fora do ponto de ônibus para a entrada e saída de passageiros á direção perigosa.

Segundo o dirigente sindical, hoje as multas são descontadas dos funcionários das empresas. O salário de um motorista é de R$ 986 e o de um cobrador é de R$ 644.