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Cidades

Traficante preso diz que se entregaria no ano novo

Redação | 28/12/2009 14:34

O traficante Jarvis Chimenes Pavão, preso ontem de manhã em um hotel por agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai, disse que tinha planos de se entregar as autoridades brasileiras, em janeiro do ano que vem.

De acordo com o jornal ABC Color, de Assunção, Pavão disse que tinha planos de se entregar em Ponta Porã, por não confiar na justiça paraguaia. "Como vou confiar na justiça paraguaia?", questionou o traficante, acusado de comandar um dos maiores esquemas de tráfico de drogas e armamentos da região de fronteira.

"Veja o que fizeram com meu filho [José Martínez Mendi Pavão, 22, acusado pelos mesmos crimes]. Ele é 101% inocente, posso garantir isso".

Questionado sobre as acusações de narcotráfico, tráfico de armas, lavagem de dinheiro e homicídios múltiplos, Pavão desconversou. "Não sou santo, mas tampouco mandei matar alguém. Sou evangélico, há quatro anos leio a Bíblia", alegou, dizendo esperar que "a justiça seja feita".

O traficante chegou a dizer que tem muitos negócios no Brasil, como garagens de vendas de automóveis, importadoras e pretendia deixar o Paraguai para assumir seus "negócios".

De acordo com o site Sopa Brasiguaia, Pavão começou a ser caçado pelas autoridades paraguaias, com maior intensidade, desde 2005. O traficante brasileiro revelou, em entrevista concedida ao jornal ABC Color no ano de 2006, ter se mudado mais de 60 vezes para garantir a segurança pessoal e despistar os agentes que o perseguiam.

Vale lembrar, no entanto, que o paradeiro de Pavão, desde então, era amplamente conhecido, havendo relatos, inclusive, de que o foragido dava-se ao luxo de jogar futebol, com os amigos, no campo de sua luxuosa Estância Quatro Filhos em Yby Yaú.Pavão costumava chamar os amigos para jogar bola toda terça-feira.

No mês de setembro, desentendimentos entre agentes da Senad, Ministério Público e Polícia Nacional do Paraguai frustraram uma operação que tinha como objetivo sua captura, desatando, na sequência, uma série de violentos "acertos de contas" na região.

Também foi preso o líder do PCC no Paraguai, Carlos Antônio Caballero, o "Capillo" e três seguranças dos bandidos.

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