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Cidades

Tráfico de drogas faz MS ter a maior taxa de aprisionamento do País

Aline dos Santos | 23/06/2015 18:05
A Máxima, localizada em Campo Grande,  é uma das 44 unidade penais do Estado.  (Foto: Marcos Ermínio)
A Máxima, localizada em Campo Grande, é uma das 44 unidade penais do Estado. (Foto: Marcos Ermínio)

Mato Grosso do Sul tem maior taxa de aprisionamento do Brasil: 568,9 para cada cem mil habitantes. Os dado é do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias – Infopen/junho 2014, divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Justiça.

São Paulo, cuja população prisional é a maior em números absolutos, é o segundo da lista, com 497,4 presos para cada cem mil habitantes. Em média, a taxa brasileira é de 300 presos para cada cem mil habitantes aproximadamente. Conforme o relatório, a análise da taxa de aprisionamento possibilita traçar a dimensão da população prisional nos Estados.

No panorama nacional da população prisional, Mato Grosso do Sul aparece em 11º lugar, com 14.904. Enquanto São Paulo lidera com 219.053 presos. O estudo ainda aponta que 29% das pessoas atrás das grades nas unidades penais sul-mato-grossenses são presos provisórios, ou seja sem condenação.

O sistema penitenciário tem 44 unidades no Estado, com oferta de 6.902 vagas. A taxa de ocupação prisional é de 216%, a quarta maior do Brasil. No País, em um espaço concebido para custodiar apenas dez indivíduos, há, em média, 16 pessoas encarceradas. No Estado, são 21 onde deveria ter dez.

Perfil – Jovem, negro, solteiro, com ensino fundamental incompleto e preso por tráfico. Esse é o perfil da maioria das pessoas que cumpre pena em Mato Grosso do Sul. Conforme o relatório do Infopen, 48% dos presos tem entre 18 e 29 anos.

Dos internos, 62,9% são negros, 35,7% brancos e 1,1% indígenas. No quesito escolaridade, 61% tem ensino fundamental incompleto. No Estado, mais da metade das pessoas presas aguardam julgamento ou foram condenadas por tráfico de drogas.

O levantamento aponta que o sistema penitenciário tem 1.495 trabalhadores, sendo 1.016 agentes de custódia. Ou seja, proporção de 14 presos por profissional.

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