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Cidades

Travestis pedem inclusão de nome social em matrícula

Redação | 22/01/2009 10:00

Um movimento de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais em todo País vai solicitar que secretarias de Educação dos estados aceitem o nome social de travestis e trangêneros nas matrículas escolares. A justificativa é que no dia a dia é constrangedor para quem estuda ter a apareência feminina e ter na chamada dos professores o nome masculino.

Segundo a presidente da ATMS (Associação das Travestis e Transexuais de Mato Grosso do Sul) Cris Stefany, no próximo dia 29, em comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade das Travestis, representantes das entidades vão se reunir com secretários de Educação para solicitar a adoção.

Ela considera que a medida pode contribuir com a redução na evasão escolar nesses casos. "Você pode imaginar o constrangimento da pessoa com características feminina ser chamado de João em sala de aula?", questiona.

Cris afirma que nos estados do Pará e Piauí já existem portarias que determinam o uso do nome social desses alunos e a intenção do movimento é que todos estados adotem a medida.

Conforme a presidente da entidade, a maioria das escolas no Estado se nega a aceitar o nome social. "Não estamos pedido que seja trocado o nome de registro e sim que seja adicionado o nome social", explica.

Ela conta que quando cursou o ensino médio na Escola Estadual Joaquim Murtinho em Campo Grande, solicitou a adoção e foi atendida pela diretora. "No meu caso houve bom senso da diretora", conta.

"Temos casos de pessoas que tem no registro um nome e são conhecidas por outro, como por exemplo o ex-governador Zeca do PT. Muita gente não sabe que o nome dele é José Orcílio", compara.

Na avaliação da Cris Stefany, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) é um exemplo de democracia, pois permite que os candidatos concorram aos cargos eletivos usando nomes sociais.

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