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Cidades

Turista européia internada em MS com sarampo coloca saúde em alerta

Marta Ferreira | 11/03/2011 15:56

Último caso de transmissão local da doença no País foi em MS, em 2000

Uma turista européia está internada em Campo Grande vítima de sarampo, doença que o Brasil erradicou no ano 2000 e que tinha tido o último caso de transmissão autóctone, ou seja, dentro do País, em Mato Grosso do Sul.

A turista fez um longo no Brasil, o que colocou em alerta, desde hoje cedo, quando foi confirmado que ela tem sarampo, as secretarias de Saúde de Mato Grosso do Sul, do Paraná, de São Paulo e do Rio de Janeiro, estados por onde ela passou desde que chegou ao Brasil, no começo do mês, vinda da França, pais onde a vacinação contra a doença só começou a ser rotina recentemente. A paciente também esteve na Argentina, cujas autoridades também foram alertadas.

O diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Eugênio de Barros, informou que a paciente, internada no hospital São Julião, em Campo Grande, está em isolamento e todas as pessoas com as quais teve contato estão sendo monitoradas, em Mato Grosso do Sul e nos outros quatro estados.

A preocupação é evitar que o vírus da doença volte a circular, mesmo havendo uma cobertura vacinal no Brasil considerada “muito boa”, na avaliação de Eugênio de Barros. “Não podemos contar com a sorte”.

Segundo o infectologista, o Ministério da Saúde deve divulgar ainda hoje uma nota técnica a respeito do caso.

Barros explicou que a paciente usou avião e ônibus para se locomover no País e que esse trajeto todo está sendo monitorado.

Trajeto- Ela ficou cerca de 2 dias em cada lugar, primeiro no Rio de Janeiro, depois em São Paulo, na sequência em Foz do Iguaçu, onde foi para a Argentina. Depois, veio para Mato Grosso do Sul de ônibus.

Em Campo Grande, após sentir os primeiros sintomas da doença, a turista procurou uma unidade de saúde, de onde foi encaminhada para o Hospital Dia da Prefeitura, no Bairro Nova Bahia. De lá, foi encaminhada para o São Julião.

De início, conforme Eugênio de Barros, acreditou-se que podia se tratar de dengue, pelos sintomas em comum (febre, dores no corpo e pequenas manchas). Foi feita sorologia e hoje houve a confirmação de que se trata de sarampo.

Apesar da preocupação, o diretor de Vigilância Epidemiológica acredita que dificilmente a turista tenha transmitido o vírus em Mato Grosso do Sul, devido à alta cobertura vacinal e, também, ao tempo decorrido desde que ela contraiu o vírus, mais de 20 dias. A doença teria sido transmitida por uma criança.

O último caso de sarampo de transmissão dentro do País foi em Mato Grosso do Sul em novembro de 2000. Depois disso, houve o registro de casos sempre importados, sem registro de novas contaminações dentro do País.

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