Vereador denúncia uso indiscriminado de narguilé
Moda entre adolescentes, o fumo em rodas de Narguilé foi assunto que dominou boa parte das discussões hoje na Câmara Municipal de Campo Grande.
Em tribuna, o vereador Herculano Borges denunciou que o tradicional cachimbo árabe também é utilizado hoje para consumo de maconha, haxixe e fumo regado a álcool, no lugar da água.
O parlamentar trouxe a questão à tona para alertar pais e cobrar fiscalização. "Criançada e a juventude utilizam o equipamento sem a menor fiscalização. Jovens estão utilizando vodca no lugar da água e maconha ou haxixe no lugar do fumo", denuncia o vereador.
Ele chega a visualizar que "a tradição do tereré está sendo substituída pela utilização do Narguilé."
"Na Praça Esportiva Elias Ghadia (bairro Taveirópolis), nos shoppings ou na avenida Afonso Pena, principalmente aos domingos, é grande a quantidade de crianças, pré-adolescentes e jovens menores de 18 anos utilizando o equipamento."
O vereador e também médico Jamal Salém diz que a "febre" entre os jovens ocorre por causa de mitos como aumento da potência sexual ou melhora o status social, "mas no Oriente Médio ele é utilizado apenas pelos adultos e de maneira responsável."
No ano passado, o Campo Grande News denunciu o uso indiscriminado do Narguilé em Campo Grande.
Em entrevista, a coordenadora do INCA (Instituto Nacional do Câncer), Andréia Ramalho Reis Cardoso, lembrou que o que pode parecer uma "brincadeira" é na verdade sério risco à saúde. "Esse novo cachimbo da paz (narguilé), causa dependência tanto quanto o cigarro, porém com efeitos piores".
A OMS (Organização Mundial de Saúde) alerta que a fumaça do narguilé contém inúmeras toxinas que podem causar câncer de pulmão e doenças cardíacas, entre outras. E que, em uma sessão de narguilé - que pode durar de vinte minutos e até uma hora, a quantidade de fumaça inalada corresponde a mesma de quem fuma 100 cigarros comuns. (Com informações da assessoria)