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Cidades

Vírus da gripe que já mataram 4 são os mais perigosos, veja como prevenir

Bruno Chaves | 18/07/2013 17:11
Vacina contra Gripe é uma das formas de imunização (Foto: Arquivo Campo Grande News)
Vacina contra Gripe é uma das formas de imunização (Foto: Arquivo Campo Grande News)

Oito tipos de vírus influenza circulam pelo Brasil. Desses, dois do Grupo Influenza A, o H1N1 e H3N2, acometem mais a população e deixam os médicos e as pessoas em alerta. Só na Capital, desde que começou o inverno, esses dois vírus já causaram quatro mortes (duas cadas). Como a atual estação é o inverno, medidas de prevenção se tornam necessárias para que a incidência da doença não aumente nas cidades.

Segundo a diretora de Vigilância em Saúde do Estado, Bernadete Lewandowski, com as temperaturas mais amenas da estação, é normal que as pessoas sejam infectadas pelos vírus da gripe. Mesmo assim, ela afirma que os dois tipos mais graves da doença estão controlados no Estado.

“Estamos no inverno e as pessoas ficam aglomeradas em lugares mais fechados”, avalia. Bernadete conta que o Ministério da Saúde encaminha vacinas aos Estados para que as Secretarias de Saúde possam combater o H1N1 e o H3N2.

Entretanto, apenas pessoas com baixa imunidade podem ser vacinadas. São as pessoas preconizadas pelo Ministério. “Idosos, acima de 60 anos; crianças de seis meses a dois anos; indígenas; gestantes; mulheres puérperas, com até 45 dias após o parto; profissionais de saúde; doentes crônicos, como hipertensos, cardíacos, diabéticos e obesos; e pessoas privadas de liberdade”, conta.

Mesmo assim, a médica conta que só a vacina não protege a pessoa de contrair a Gripe A, nome considerado técnico da gripe suína, já que o organismo de cada um reage de uma forma à vacina. Por isso, pessoas que não se enquadram no “grupo de recomendados” pelo Ministério da Saúde também podem evitar a doença.

“Basta adotar medidas de higiene. Às vezes, a maioria da população se esquece de manter os cuidados básicos de higienização. Tem que evitar levar mão a boca, lavar as mãos com água corrente e sabão, utilizar o álcool em gel, entre outros”, explica.

Mesmo com essas atitudes, se os sintomas da gripe surgirem, é necessário procurar um médico e evitar a automedicação. Se for constatada a infecção por H1N1 ou H3N2, o tratamento indicado pelos médicos é a base de tamiflu, medicamento que combate o vírus.

“Os dois vírus são Influenza A, mas de subtipos diferentes. Os sintomas das duas infecções também são os mesmos: febre alta, dor no corpo e coriza. São muito parecidos com os sintomas da gripe comum. Por isso, é necessário um médico para fazer identificação”, explica Bernadete.

Foi essa a atitude tomada pelo estudante Matheus Noleto, 23 anos. Ele conta que percebeu sintomas da gripo na noite do último domingo. “Começou a piorar com o passar do tempo e eu não estava mais agüentando. Por isso vim ao médico”, afirma. Entre os sintomas sentidos pelo jovem estão dores na cabeça, garganta, corpo e na nuca, além de tosse e coriza. A preocupação com a Gripe A foi uma dos fatores que levou o rapaz ao posto de saúde.

Além de Matheus, pais e mães vão, comumente, ao posto para procurar atendimento para os filhos. Rafael Alexandre Soares, 25, estava com a filha de três anos no Posto de Saúde Coronel Antonino. “Ela amanheceu com febre e vim ver com o médico o que pode ser”, conta.

Ele afirma que toma medidas de precaução para que a criança não fique doente. “Sempre cuido. Não deixo ela com os pés no chão e cuida da alimentação”, exemplifica.

Rosane Stuerner, 42, também cuida dos três filhos (3, 14 e 24 anos) para que eles não contraiam a gripe. “Atualizo as vacinas deles, cuido das medidas de higiene e da alimentação. Isso é fundamental”, conta.

Rosane conta que toma todos os cuidados necessários para evitar a gripe em seus três filhos (Foto: Pedro Peralta)
Rosane conta que toma todos os cuidados necessários para evitar a gripe em seus três filhos (Foto: Pedro Peralta)
Matheus sentiu sintomas da gripe e decidiu procurar atendimento médico por temer a Gripe A (Foto: Pedro Peralta)
Matheus sentiu sintomas da gripe e decidiu procurar atendimento médico por temer a Gripe A (Foto: Pedro Peralta)

Casos de Gripe – Segundo médicos de dois dos maiores hospitais de Campo Grande, o HU (Hospital Universitário) e a Santa Casa, a Gripe A está controlada na cidade. No HU, sete pacientes são classificados como portadores da síndrome gripal, ou seja, eles apresentaram sintomas que podem configurar desde um simples resfriado até a forma mais grave de uma gripe.

Desses sete, apenas um caso de Gripe H1N1 foi confirmado. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, todos os pacientes são provenientes de postos de saúde.

De janeiro até hoje (18), o HU teve cinco pacientes com a confirmação de Influenza A. Três estavam contaminados com H1N1, um com H3N2 e quarto paciente com um tio de vírus não identificado.
De todos os casos, apenas um paciente morreu. A mulher estava infectada com o H3N2. Os demais foram tratados e liberados.

Já na Santa Casa, o dado mais recente, de hoje pela manhã, mostra que 11 pacientes estavam com suspeitas de Gripe A. Porém, depois de exames, oito suspeitas foram descartadas. Um teve a Gripe A H3N2 confirmada e os outros dois aguardam resultados.

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