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Cidades

Vistoria encontra 102 pacientes à espera de leitos

Redação | 19/03/2008 14:01

Relatório enviado à promotora da Cidadania Sara Franciso Silva, divulgado hoje, detalha a vistoria realizada na segunda-feira passada para verificar as condições de atendimento de Pronto Socorro e a disponibilidade de leitos de UTI, CTI e enfermaria, na Santa Casa, Hospital Universitário e Hospital Regional. Os relatos deixam claro o caos na rede pública, com superlotação em Campo Grande e falta de equipamentos.

Entre 16 e 19 horas de segunda, o grupo encontrou 81 pacientes aguardando leitos normais, 13 esperando vagas de UTI e 8 pacientes dependendo de lugar em Unidade Coronariana, na capital.O grupo da Promotoria de Justiça foi informado que muitos dos pacientes internados nos setores de emergência, nos três hospitais, necessitam de cirurgia, mas para que isso ocorra seria necessário a disponibilidade de leito de UTI ou normal.

Três pessoas participaram da vistoria: os servidores do Ministério Público Estadual, Joacir França Giesen e Flávio Lopes, e o coordenador do Samu (Serviço Municipal de Urgências e Emergências), José Eduardo Cury.Na Santa Casa, o Pronto Socorro estava superlotado, com 26 pacientes em macas pelo corredor. No Centro Cirúrgico outras 13 pessoas, que tinham passado por cirurgias também aguardavam leitos: 11 em enfermaria e dois em CTI.

Até um paciente com convênio particular aguardava no Pronto Atendimento Médico por uma vaga na Unidade Coronariana. No Pronto Socorro do Hospital Universitário estavam 37 pacientes a espera de leitos, 33 deles no corredor e 4 em estado grave na Sala de Emergência, dependendo de vagas na UTI e na Unidade Coronariana. Conforme o relatório, a médica plantonista do HU chegou a ressaltar que os pacientes internados na Emergência não poderiam permanecer ali, porque o local serve apenas para estabilizar o estado do paciente grave, e após transferi-lo para o setor específico.

No Hospital Regional, o Setor de Emergência estava com 24 pacientes sem vagas, oito esperavam leitos de UTI e cinco aguardavam lugar na Unidade Coronariana. Os 11 restantes esperavam leitos normais.Uma cena dramática foi presenciada pela equipe do Ministério Público durante permanência no HR. O aposentado José Romildo Bezerra de Oliveira, de 55 anos, foi trazido pelo Samu, após uma parada cardíaca e teve de ser mantido sob ventilação manual do enfermeiro, porque não havia aparelho de ventilação mecânica disponível.

Em conversa com o coordenador do Samu, um dos médicos de plantão solicitou a contratação de um leito na rede particular para que um jovem de 17 anos fosse encaminhado, cedendo assim vaga e um aparelho de ventilação mecânica ao aposentado, com quadro clínico grave.O contato foi feito por telefone com o Superintendente de Atenção à Saúde, Antônio Lastória, solicitando a transferência, mas o relatório não aponta o desfecho desse caso.

O coordenador do Samu avalia que a superlotação dos Hospitais extrapolou os limites conhecidos,

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