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Cidades

Vítima muda de nome e foge com algoz que matou 3 queimados

Ricardo Campos Jr. | 10/12/2014 16:39
Adolescente suspeito de ajudar a incendiar casa em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Adolescente suspeito de ajudar a incendiar casa em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

A Polícia Civil suspeita que Edna Rodrigues de Souza, 41 anos, sobrevivente de um incêndio que matou três pessoas no dia 13 de outubro no Jardim Colúmbia, em Campo Grande, está vivendo com o suspeito do crime, Adriano Ribeiro Espinosa, 27 anos, que está foragido. Segundo o delegado Maércio Barboza, ela pintou o cabelo de ruivo e está usando nome falso de Luciana.

Essa informação foi passada à polícia pelo adolescente de 17 anos que ajudou Adriano no caso. Ele foi apreendido na manhã desta quarta-feira (10) e foi levado para a Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).

Segundo Barboza, o garoto foi o responsável por comprar o combustível usado para queimar a residência. Câmeras de segurança do posto que vendeu o produto para ele comprovam o envolvimento no incêndio.

Entre as vítimas está a mãe do jovem, uma mulher de 41 anos. Ela morreu no local junto com Hélio Queiroz Neres, 37 anos. Daniel Cândia, 38 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos enquanto estava internado. Já existe mandado de prisão contra Espinosa e ainda não há informações sobre o paradeiro dele.

Traição - Segundo o delegado, o suspeito estava desconfiado que Edna tinha um caso com Daniel, chamou o adolescente e juntos foram até a residência para agredi-lo. No entanto, ao chegar ao local, avistaram através de buracos na porta a mulher nua com o amante em um dos cômodos. Como as entradas estavam trancadas, eles não conseguiram entrar.

Foi então que o menor saiu em busca do etanol. A mãe dele, entretanto, também estava no local, em um quarto, junto com Hélio, segundo o delegado possivelmente mantendo relações sexuais. Barboza acredita que nenhum dos envolvidos avistou o casal no local e que o adolescente realmente não sabia que iria queimar a mãe.

Adriano tem passagem por ameaça, lesão corporal, embriaguez e violência doméstica. Já o adolescente, com esse caso, soma três passagens ao todo. Pelo incêndio, vai ser responsabilizado por ato infracional análogo a homicídio qualificado pelo uso de fogo.

O garoto deve ser encaminhado para uma Unei (Unidade Educacional de Internação). Ele completa 18 anos no início de 2015, mas segundo Barboza pode permanecer apreendido por decisão judicial até os 21 anos.

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