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De olho na TV

Educativas que não educam

Reinaldo Rosa | 14/10/2013 09:00

HISTÓRIA NOSSA - Para falar sobre tradições - e cultura - sul-mato-grossenses, basta ouvir o Chalana de Prata, tal como aconteceu no "Meu Mato Grosso do Sul", da TV Morena. O programa comandado por Márcio de Camilo resgata antigas revistas que a emissora criou nos anos oitenta. Com louvor.

TINHA DE TER - Como nem tudo são flores, a atração encerra em seu seio um senão que pode ser corrigido. A inserção de música que começa e não acaba, -dando vez ao intervalo-. É irritante ao espectador que teve expectativa criada pelo apresentador e/ou intérprete.

EDUCA EM QUÊ? - Universidades - estadual e federal - se valem de brechas nas regras de concessão para exploração de emissoras educativas; quando conquistadas, desprezam legislação que as rege. Não cumprem preceitos voltados à cultura, jornalismo e prestação de serviços aos meios universitários e à comunidade.

FAMOSO QUEM - Buscando audiência fácil, dirigentes de universidades colocam um gerente do ramo para estabelecer tela programática da emissora. Novatos no campo da comunicação radiofônica como um todo, impregnam os ouvidos de pessoas acostumadas à mesmice que impera nas FMs do Estado. E dá-lhe de sertanejo universitário e inócuos informativos.

ORA A LEI - Por desprezo às leis por parte dos titulares de concessão para exploração de comunicação sonorizada, responsáveis por vitrolões não anunciam nomes de intérpretes e autores de obras musicais levadas ao ar. Artistas se calam evitando retaliações por parte de quem pode divulgar (?) suas obras. Simples assim.

IMPRESSÃO DIGITAL - Emissoras educativas são obrigadas a obedecerem a finalidades de difusão de cultura regional e, através do jornalismo, colaborar para itens de formação da opinião dos ouvintes. Isso acontece; no papel. Aos 36 anos de vida, Mato Grosso do Sul se recente de identidade própria.

PODE QUEM PODE - Campo Grande conta com três emissoras classificadas como "educativas" pelo Ministério das Comunicações. A FM 104 é concessão explorada pelo Governo Estadual através da Fertel. A FM Uniderp, na frequência dos 103 Mhz, pertence à Universidade Anhanguera e a FM UCDB é exercida pelos Salesianos. Pedra, estilingue e vidraça que se protegem com poucas sobras para o público; que é -ou deveria ser- o alvo.

EDUCANDO O MARASMO - Foi anunciada mais uma FM educativa para Campo Grande. É concessão obtida pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Dependendo de apoio da classe política para alçá-los no posto, reitores não se indisporão com a dita cuja no momento de programas jornalísticos. Inebriante mesmice se anuncia pelos lados da saída para São Paulo.

BOLSA AUDIÊNCIA - Emissoras de rádios e repetidoras de redes de TVs locais continuam firmes se nivelando na procura de audiência apelando para premiações diversas. Haverá de chegar o dia em que todos serão premiados com a qualidade de programações voltadas ao engrandecimento pessoal de quem as sintoniza.

TUDO COMO DANTES - Programas sensacionalistas no horário do almoço continuam. Cientes do baixo nível existente no que produzem, dirigentes raciocinam que o que importa é ganhar audiência e, danem-se os inocentes prejudicados. E quem faz o reparo, também.

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