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Em Pauta

A foto mais sugestiva da história brasileira

Mário Sérgio Lorenzetto | 17/03/2016 08:25
A foto mais sugestiva da história brasileira
A foto mais sugestiva da história brasileira

O mundo chorou a morte de Nelson Mandela em dezembro de 2013. Um avião da FAB levou todos os ex-presidentes da democracia brasileira e a presidente Dilma para os funerais do líder sul-africano. Provavelmente, essa é a única foto em que todos estão juntos. É uma foto estranha. Muito estranha. Collor, Fernando Henrique Cardoso, Dilma e Lula estão sendo investigados pela justiça. José Sarney não. Dono de uma das maiores fortunas do Estado mais miserável do Brasil, o Maranhão, acumulou além de riquezas, suspeitas de todas as ordens. Dos cinco, Sarney foi aquele que recebeu a maior torrente de denúncias. A foto fala por si, não precisa de texto nem explicação. O Brasil precisa de um longo texto que o explique.

A foto mais sugestiva da história brasileira

Os brasileiros viveram uma violenta ilusão com Lula e o PT.

O intelectual inglês Anthony Giddens, chegou a afirmar que Lula poderia "salvar o mundo". Pelo mundo afora foram publicados mais de 80 livros enaltecendo as mudanças protagonizadas nos mandatos de Lula. Hoje, a imprensa internacional o vê como uma ilusão passageira. Não existem intelectuais ou livros enaltecendo suas pretensas virtudes.

Esta não é a primeira crise política do Brasil. Habituamo-nos a olhar para este imenso país como algo que não quebra, que sempre se recompõe de todos os tombos, por maior que eles sejam. Mas, agora, à enorme desigualdade social, à crise do petróleo e à debilidade da economia, junta-se uma agressiva desilusão - que pode piorar - em relação a todos os políticos e ao sistema político.

Desilusão é a palavra certa no caso do Brasil. O que os brasileiros viveram foi uma violenta ilusão com Lula e o PT. E a desilusão é, como sabemos, um dos sentimentos mais corrosivos. A desilusão com seus líderes políticos, conduz os brasileiros ao risco de desagregação social. A situação já é, neste momento, grave e explosiva, mas pode piorar ainda mais. As perspectivas de crescimento e de evolução econômica dissolveram-se no ar, estão sendo revistas em baixa. Só nos salvamos por termos mais de US$ 360 bilhões de reservas guardadas sob o nome de Fundo Soberano, bem como pelas exportações terem sinalizado um tênue crescimento. No mais, só há manobras politiqueiras e o pavor das prisões. A economia e a política condenando uma a outra.

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A Samarco, responsável pelo desastre ambiental de Mariana, diz que está reparando os danos.

A Vale destruiu o vale do Rio Doce. Essa era a manchete desta coluna quando ocorreu a explosão da represa de sedimentos minerais em Mariana (MG), em novembro, deixando 19 mortos. No final de janeiro, ocorreu um deslizamento de lama que assustou os moradores da região, mas de pequena proporção, não fez vítimas.

Atualmente, a empresa apresenta um relatório onde afirma que todas as famílias estão instaladas em casas, ou em acomodações escolhidas por elas. Também afirma que as áreas para reconstrução das duas comunidades, que desapareceram com o deslizamento dos sedimentos, estão sendo escolhidas com a participação dos futuros moradores.

Outra informação importante, divulgada pela empresa, é a de que está realizando a revegetação de mais de 4 milhões de metros quadrados ao longo das margens dos rios atingidos e que todas as sete pontes destruídas pela força dos sedimentos foram reconstruídas. Ainda afirma que quase 4 mil cartões de auxílio-financeiro foram distribuídos para as famílias que perderam suas fontes de renda.

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Economia do Mato Grosso do sul encolheu pouco em comparação com os demais Estados.

Todas as economias dos estados brasileiros foram atingidas pela queda de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional de 2015. Todavia, alguns estados sofreram mais do que outros. A maior queda registrada na economia, ocorreu no Amazonas - 9,1%. A menor, foi a que aconteceu em Roraima - 0,2%, mantendo a economia daquele estado na mesma posição que ocupava em 2014. O Mato Grosso do Sul também teve uma posição de destaque, a queda de foi de "apenas" 1,9%. Esse resultado razoável, frente ao que ocorreu na quase totalidade das demais regiões, foi devido às exportações e, especialmente, puxado pelo desempenho das indústrias de celulose.

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