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Em Pauta

A indústria de armas de São José dos Campos. Um Brasil desconhecido

Mário Sérgio Lorenzetto | 22/11/2015 07:00
A indústria de armas de São José dos Campos. Um Brasil desconhecido

Um Brasil desconhecido: a indústria de armas de São José dos Campos.

A ONU reclama constantemente das vendas de armas brasileiras não serem devidamente computadas. Ninguém sabe e nem viu, mas o Brasil é um dos maiores exportadores de armas do mundo. Ele concorre em um mercado que movimenta US$ 1,8 trilhão por ano. Atualmente, mais de 400 fabricantes de equipamentos e tecnologias militares atuam no país. O setor ganhou nova vida após a aprovação da "Estratégia Nacional de Defesa", em 2010, que previa investimentos superiores a R$ 190 bilhões, até 2028, para a renovação da estrutura das Forças Armadas. Entre os projetos em curso estão o Prosub, que desenvolverá o primeiro submarino nuclear nacional; o Sisgaaz, que monitorará as águas territoriais; o Sisfron, sistema de monitoramento das fronteiras; a compra dos caças Gripen, da Suécia; e a renovação da frota de blindados do Exército. Essas iniciativas levaram ao surgimento de novas forças empresariais no segmento. Quase todas com endereço em São José dos Campos. Será que nossos políticos não conseguem trazer uma fábrica para o Mato Grosso do Sul. São milionárias, trabalham com alta tecnologia e empregam muita gente. O ponto negativo é que produzem armas para matar pessoas.

A indústria de armas de São José dos Campos. Um Brasil desconhecido
A indústria de armas de São José dos Campos. Um Brasil desconhecido

Parece o Vale do Silício, mas é Recife em Pernambuco.

Entre casarões antigos recentemente restaurados e prédios novos cobertos por vidros reluzentes, mais de 7 mil pessoas trabalham no Porto Digital. É um bairro criado há 15 anos dedicado exclusivamente a empresas de alta tecnologia. Há startups, pequenas e médias organizações e também escritórios de multinacionais como IBM e Accenture. A montadora Fiat inaugurou uma divisão de desenvolvimento de softwares nesse bairro. Ele abriga 250 empresas, organizações de fomento e agências do governo que faturam aproximadamente R$ 1 bilhão por ano. Um belo exemplo de inovação e criatividade governamental.

A indústria de armas de São José dos Campos. Um Brasil desconhecido
A indústria de armas de São José dos Campos. Um Brasil desconhecido

Ele pede aos clientes que não comprem seus produtos. As lições de um empresário rebelde.

A empresa de modas californiana "Patagônia" publicou um anúncio de sucesso há alguns anos: "Não comprem meus produtos". A jogada de marketing deu certo. As jaquetas para inverno pesado foram todas vendidas. Os produtos da "Patagônia" são feitos para durar muito tempo. A ideia é que as pessoas comprem apenas uma jaqueta para a vida toda. A estratégia, apesar de ir contra o senso comum, está funcionando. Atualmente, a empresa fatura mais de US$ 500 milhões ao ano. Seu dono é um alpinista e ecologista, Yvon Chouinard aponta caminhos virtuosos para os empresários e amantes da natureza, é uma das principais referências para o "capitalismo consciente". Ele prega o lucro, como qualquer capitalista (menos no Brasil, onde ser rico é crime hediondo), mas com equilíbrio entre processos sustentáveis e qualidade de vida. Será lançado um livro do empresário consciente.

A indústria de armas de São José dos Campos. Um Brasil desconhecido
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Em todo o mundo existem cerca de 90 mil padres casados. A igreja aceitará o celibato opcional?

A igreja católica dispunha de pouco mais de 413 mil sacerdotes em 2014. O Vaticano conta com 1,2 bilhão de católicos. São quase 3 mil fiéis para cada padre e 236 por um bispo. São números que preocupam a organização eclesiástica. Utilizando esses dados, a federação internacional dos padres católicos casados reuniu-se em Madri, segundo o jornal espanhol El País. Há um decréscimo de 9% ao ano dos padres ativos e a idade média deles é comprometedora do funcionamento da igreja - 66 anos. São idosos em atividade. Os padres casados dizem que são a solução para essa crise. Bastaria o Papa Francisco decretar o celibato opcional. Ele já reconheceu que a questão do celibato clerical é uma "porta aberta". O secretário de Estado do Vaticano, o segundo lugar na hierarquia católica, Pietro Parolin foi além: "O celibato obrigatório não é um dogma da igreja e pode ser discutido porque não é uma tradição eclesiástica". A lei do celibato é antiga, vem desde o Concílio de Latrão, em 1139. Estamos nos umbrais de uma nova igreja católica?

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