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Em Pauta

A perigosa abstinência japonesa. Será esse o futuro do mundo?

Mário Sérgio Lorenzetto | 31/05/2014 15:30
A perigosa abstinência japonesa. Será esse o futuro do mundo?

A ‘síndrome do celibatário’ atinge cada vez mais jovens no Japão

Um mundo sem heterossexuais. Um mundo sem atração, sem libido, sem sexo. O sexo se dá apenas no isolamento mais recôndito. Filhos “construídos” em laboratório, com todas as características escolhidas por um homem ou uma mulher – ou ainda, pelo Estado. Não, este enredo não é de um filme de ficção futurista. Há algo estranho acontecendo agora.
Talvez, algumas vezes fazer sexo dê muito trabalho. Se isto for considerado uma doença, os japoneses estão sofrendo dela, trata-se da “síndrome do celibatário”. Estudos mostram que 45% das mulheres jovens japonesas durante o período reprodutivo entre as idades de 16 e 24 anos não estão interessadas ou evitam o contato sexual. A pesquisa realizada em 2013 pela Associação de Planejamento Familiar do Japão mostra que aproximadamente 25% dos homens jovens se sentem da mesma maneira. Isso é muito mais do que uma simples curiosidade social ou sexual.
Com a imigração perto de 0% e uma queda na taxa de natalidade, a população do Japão em idade de trabalho está caindo rapidamente e atingiu o mais baixo nível nos últimos 30 anos. Logo, o número de pessoas com mais de 65 anos superou 25% da população pela primeira vez da história. O número equivalente nos Estados Unidos é 14% e no Brasil de 9%.

A perigosa abstinência japonesa. Será esse o futuro do mundo?

O Japão já tem uma das mais baixas taxas de natalidade do mundo...

...sua população de 126 milhões decaiu nas últimas décadas e, de acordo com as projeções oficiais é esperada uma queda de 33% em 2060. A causa imediata é simples, o número de homens e mulheres solteiros alcançou um número recorde. Uma pesquisa conduzida pelo governo em 2011 mostrou que 61% dos homens solteiros e 49% das mulheres entre 18 e 34 anos não estão em nenhum tipo de relação amorosa. Um aumento de quase 10% nos últimos 5 anos. Outro estudo mostrou que quase 33% dos homens solteiros com menos de 30 anos nunca namorou.
A indiferença para com o sexo “real”, não virtual, no Japão é vista como um problema nacional, mas não existe um diagnóstico preciso da causa. A mídia japonesa contribui para produzir jovens desinteressados em sexo. Outros aspectos são os efeitos da pornografia online, composta por filmes, animações e “namoradas virtuais”, bem como a estagnação econômica do país. Estima-se que 13 milhões de adultos não casados ainda moram com seus pais, sendo que 3 milhões possuem mais que 35 anos, são chamados de “parasitas solteiros”.
Parece que manter uma relação íntima no Japão dá muito trabalho, enquanto as mulheres se tornaram mais independentes e ambiciosas, os homens têm menor solvência e uma conta não parece fechar: para as mulheres é quase impossível combinar a carreira e a família, enquanto é quase impossível pagar pela educação dos filhos a não ser que os dois pais trabalhem. Por isso, 90% das mulheres acreditam que a vida solteira é preferível a aquilo que elas imaginam que seja o casamento. E no Brasil, existe alguma similaridade com a perigosa abstinência japonesa? A nossa taxa de natalidade também vem caindo assustadoramente. E o sexo?

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Conab inclui Mato Grosso do Sul na quarta etapa anual de fiscalização de estoques

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) iniciou a quarta etapa anual de fiscalização dos estoques públicos, que inclui Mato Grosso do Sul. O trabalho vai até 14 de julho, inclui a atuação de 32 profissionais que farão a inspeção, ainda, em 196 armazéns do Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, Santa Catarina, Bahia, Sergipe, Pará, Amapá, Amazonas, Rio de Janeiro, Acre e Paraíba. O objetivo é fiscalizar 623,2 mil toneladas de grãos.
Os produtos foram adquiridos por meio de AGF (Aquisição do Governo Federal) e Contrato de Opção, entre outras modalidades. Serão observados durante as fiscalizações: as condições de armazenagem, conservação e a quantidade de grãos armazenados. A Conab vai proceder outras cinco fiscalizações até o fim do ano. Nas três primeiras etapas, foram fiscalizadas 5,63 milhões de toneladas em 544 armazéns, em números acumulados, sendo constatados 11 desvios de produto, totalizando 25.794 toneladas de milho, em armazéns localizados nos estados do Mato Grosso e Goiás.

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Codefat pede à União restituição

O Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) pediu ao governo federal a restituição do dinheiro perdido por conta de desonerações tributárias e remanejamento do Orçamentário da União. O FAT é responsável pelos recursos do seguro desemprego e abono salarial e, segundo o Codefat os motivos que levaram ao pedido de restituição apontam resultado negativo do fundo em 2013, que teve rombo de R$ 10,3 bilhões.
O deficit foi coberto apenas parcialmente pelo Tesouro Nacional, que entrou com R$ 4,8 bilhões. O restante veio do patrimônio do fundo do trabalhador, que fechou 2013 em R$ 209,7 bilhões.
Representantes do conselho já reclamaram da demora do governo em avisar aos trabalhadores sobre o saque do abono que termina em junho. O benefício anual de um salário mínimo (R$ 724) é pago a quem recebeu até dois mínimos por mês no ano passado e possui cadastro no PIS há pelo menos cinco anos. O dinheiro que não é retirado (e pode chegar a R$ 1 bilhão este ano) volta para o fundo, que é deficitário e precisa de recursos do Tesouro para cobrir a diferença entre receitas e despesas.

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