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Em Pauta

As fábricas de mosquitos: a morosidade governamental

Mário Sérgio Lorenzetto | 14/03/2016 07:58
As fábricas de mosquitos: a morosidade governamental

Existem três "fábricas" de mosquito aguardando a liberação governamental para serem postas em pleno funcionamento. A primeira está localizada em Campinas e é detentora da patente do Aedes aegypti (Odiado do Egito) transgênico, também denominado de Aedes do "bem", usado para controle das populações do mosquito.

Os testes com o Aedes do "bem" estão sendo feitos desde 2010, em parceria com uma organização social de Juazeiro (BA). Teria ocorrido uma diminuição de 90% da população do Aedes aegypti nesse município. Bastaria a Anvisa, órgão governamental de vigilância sanitária, liberar a venda para todo o país.

A ONU está patrocinando um método que usa radiação com Cobalto 60 e produz mosquitos estéreis. Apesar dessa tecnologia estar sendo patrocinada com fins humanitários, não significa que ela seja gratuita. Os testes com o mosquito estéril estão sendo realizados em Fernando de Noronha (PE). Há ainda uma terceira tecnologia, também em estudo no órgão governamental denominado Fiocruz, que esteriliza o Aedes a partir de uma bactéria no seu organismo. Nenhuma das novas tecnologias promete exterminar o Aedes aegypti em definitivo.

Não seria possível utilizar as três tecnologias ao mesmo tempo e exterminar a maior quantidade possível do Odiado do Egito? Se o fumacê, conforme o secretário Estadual de Saúde, Nelson Tavares, só consegue matar 3% dessa praga, porque os governos não se unem e compram essas tecnologias contemporâneas? Sem entrar em qualquer teoria da conspiração, há algo de desconexo em toda essa história.

As fábricas de mosquitos: a morosidade governamental

Frente do Idoso ganha forma e importância na Assembleia Legislativa.

A população do Mato Grosso do Sul apresenta um dado curioso: todas as faixas etárias utilizadas pelo IBGE - de zero a 4 anos, de 5 a 9, de 10 a 14, de 15 a 19, e as demais, são compostas por, aproximadamente, 8% da população. Fica fácil memorizar as faixas etárias em nosso Estado. Qual o percentual de pessoas entre 25 a 29 anos? 8%. E o de 15 a 19 anos? 8,1%.

Somente um grupo etário é bem maior: o composto por pessoas que tem 60 ou mais anos - ele é formado por 11,8% da população (equivale a mais de 300 mil habitantes). Sim, somos, por faixa etária, a maioria da população. E tem mais, a tendência é de ampliar enormemente esse contingente. A expectativa de vida para as mulheres de nosso Estado é de 78 anos e a dos homens, chega a 71 anos.

É incrível, mas os políticos se mantinham distantes desse contingente de eleitores. Somente agora os deputados estaduais Renato Câmara, Márcio Fernandes, Angelo Guerreiro, Antonieta Trad, João Grandão e Beto Pereira resolveram resgatar a dívida que o Estado tem para com o esquecimento a que os idosos foram relegados. A primeira tarefa que lhes foi solicitada é a de criar a delegacia especial para os idosos.

A pauta é imensa. Trata especialmente das precárias condições de saúde em que todos vivem. A próxima etapa é tentar marcar uma reunião com o ativo secretário de Saúde Nelson Tavares. Só restou uma interrogação para os que participaram da reunião com os deputados - foi dito que há necessidade de recolher assinaturas pleiteando a delegacia do idoso. Assinatura para que? Existe algum grupamento de idosos que não concorda com a criação dessa delegacia? Os policiais são contrários?

As fábricas de mosquitos: a morosidade governamental

Esgotamento do ego: a influência das brigas domésticas no humor do chefe.

Os brasileiros muitas vezes fazem piada após uma bronca do chefe sem motivo. "A esposa dormiu de calça jeans" é a mais comum. Há muito suspeitávamos do papel das brigas familiares no humor dos chefes. Agora, a suspeita foi confirmada pela ciência. A Universidade do Texas monitorou por quatro meses gerentes de nível médio nos Estados Unidos e Canadá e apontou o chamado "esgotamento do ego" - a inabilidade de controlar os impulsos por causa da exaustão mental - como a maior causa do abuso de autoridade sobre subordinados. E pior, estes tendem a nem reagir por temerem perder o emprego.

Curiosamente e infelizmente, as mulheres chefes com problemas domésticos mostraram comportamento mais agressivo. Essa era, historicamente, uma característica tida como masculina. As chefes (vide Dilma) sentiriam, de acordo com os pesquisadores, maior pressão da sociedade em conciliar questões profissionais e domésticas, o que aceleraria seu esgotamento mental. O estudo sugere que empresas e governantes promovam os líderes certos, aqueles que tenham um bom equilíbrio entre a vida doméstica e a profissional. O estudo é importante, e a sugestão é elementar, meu caro Watson! Não precisa ser um Sherlock.

As fábricas de mosquitos: a morosidade governamental

Um comprimido que ajuda a transformá-lo no melhor funcionário do mês.

Imagine um comprimido que te ajude a melhorar em todas as tarefas no teu trabalho ou na faculdade. Com poucas ou quase nenhuma contra-indicação. Você o tomaria? Bem, esse comprimido mágico existe. Chama-se modafinil. Ele é normalmente usado para tratar distúrbios do sono. Segundo os pesquisadores da Universidade de Oxford e da Harvard Medical School, o modafinil seria também um estimulador cognitivo. Ajudaria pessoas normais a pensarem melhor. E melhor ainda, bastaria uma única dose para percebermos seus efeitos. Teríamos ganhos na flexibilidade de pensamento, combinaríamos melhor informações diversas, bem como lidaríamos melhor com novidades. E agora surgem os alertas, porque ainda se trata de estudos. O modafinil pode apresentar distúrbios se tomado em grandes doses. O número de hospitalizações pelo seu uso indevido, sem acompanhamento médico, triplicou. Em casos raros e com doses elevadas, estimulantes análogos ao modafinil podem induzir psicose. Tudo indica que é excelente, mas sempre vale lembrar que a dose pode transformar um medicamento no mais explosivo veneno.

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