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Em Pauta

Autor de clássicos diz que o Brasil é metade corrupção e metade incompetência

Mário Sérgio Lorenzetto | 06/07/2015 08:05
Autor de clássicos diz que o Brasil é metade corrupção e metade incompetência

O Brasil é metade corrupção e metade de incompetência. Evaldo Cabral de Melo convoca a uma reflexão.

Ele é o autor de clássicos da nossa história, como "O Negócio do Brasil" e "A Outra Independência". Suas novas reflexões são preocupantes. Aos 79 anos, afirma que não vai mais escrever. Se fosse, escreveria “A História da Megalomania no Brasil, de D.Pedro a Lula”. "O problema do Lula é o PT. É a máquina em que se apoia. Depois é certa megalomania. Todos os problemas que estamos vivendo são consequência da megalomania do governo dele. Fazer um campeonato mundial e dois anos depois a Olimpíada foi um absurdo".

"Lula até teve certa capacidade de entender o problema regional no Brasil. Coisa que, aliás, o Fernando Henrique não teve. Mas o Lula viu melhor que o Fernando Henrique". "Getúlio Vargas durou tanto tempo no poder e não era megalomaníaco. Tinha uma modéstia natural, noção das limitações dele. As pessoas interpretavam como astúcia política".

"Juscelino [Kubitschek] passava a semana no Rio trabalhando e no fim de semana ia a Brasília para ver se estavam fazendo o que ele mandou. Não basta mandar fazer, tem acompanhar, pegar no pé, verificar se está bem feito".
"Houve ganhos nos últimos 50, 60 anos. A ideia de que o Brasil tem que ter um regime democrático se fortaleceu. Há ganhos, mas são modestos, tendo em vista a escala do país. Porque o problema do país é o tamanho. A gente não tinha competência para ter um país desse tamanho. Fizeram bem os espanhóis que trataram de seguir em várias repúblicas. O Brasil é muito grande para ser governado facilmente. E vai continuar assim, tropeçando".

Sobre o famoso jeitinho do brasileiro: "É o jeito de você ir levando a coisa. Não só do escravo, mas também da classe livre, mas pobre, em relação ao mandão da aldeia. Realmente, todo o Brasil é produto da escravidão. A menor coisa no Brasil é produto da escravidão. O escravismo infeccionou o país inteiro. Nós tanto nos gabamos do jeitinho brasileiro. É um dom da escravidão. A gente anda na rua, vê um vestígio da escravidão".

Sobre a ideia de que tudo é resolvido no acordo no Brasil: "Não é completamente falsa (a ideia de que tudo se resolve no acordo)”. A gente tende a olhar o sistema escravocrata simplesmente como uma violência. E é uma violência. Mas há também uma parte de negociação entre senhor e escravo. Esse negócio marcou muito a cultura brasileira. Todo esse jogo de cena que você vê hoje nesses escândalos é um pouco derivado da escravidão. Um bom escravo que não criava caso era tratado com certo "management" [gestão]. Havia uma área meio difusa de inter-relação entre o senhor e o escravo. Não era só pancadaria. Nenhum regime de trabalho poderia sobreviver só na base da porrada".

Autor de clássicos diz que o Brasil é metade corrupção e metade incompetência
Autor de clássicos diz que o Brasil é metade corrupção e metade incompetência

Quais os países com mais "defaults" da história (não é a Grécia)?

Um país entra em "default" quando não consegue pagar suas contas aos credores e, dessa forma, entra em incumprimento. A Grécia é o caso mais recente; no entanto, não é o país que mais vezes esteve nessa situação.
De acordo com um estudo da Universidade de Harvard, o país que mais vezes entrou em default foi, nada mais nada menos, do que a Espanha. Nenhuma neste século ou no passado, mas em uma delas, ficou em default por 31 anos.

Autor de clássicos diz que o Brasil é metade corrupção e metade incompetência
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Quais são os países que devem mais do que valem?

A dívida pública é o valor que cada país deve, abrangendo todos os empréstimos contraídos junto a instituições financeiras, de empresas, organismos nacionais e internacionais, a particulares e a outros governos. Veja a relação dos maiores devedores quando cruzado com seu PIB, isto é, tudo que produz. Os países que devem mais de 100% de seu PIB, na prática, devem mais do que valem. Os dados são de dezembro de 2014 para todos os países.

Autor de clássicos diz que o Brasil é metade corrupção e metade incompetência
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Um mar de desperdício da água brasileira.

Entenda a lógica do desperdício e descubra por que a escassez vai mudar a forma como você se alimenta. O consumo de água no Brasil é feito primordialmente pela agricultura, mais de 72% da água potável é desperdiçado por esse setor da economia. Os 28% restantes são consumidos por: 11% pela pecuária, 9% pela população urbana, 7% pela indústria e 1% pela rural. O problema está em que apenas 40% da água é gasta efetivamente na irrigação, mas o desperdício gira em torno de 60% por motivos de puro desleixo e abuso. Usam água em excesso e irrigam nos horários mais quentes, de maior evaporação do dia. E as técnicas usadas são inadequadas, além da falta de manutenção nos sistemas de irrigação. Não se preocupam com o futuro. Temos um mar de desperdício da água brasileira e os governos não fiscalizam e combatem esse absurdo.

Autor de clássicos diz que o Brasil é metade corrupção e metade incompetência
Autor de clássicos diz que o Brasil é metade corrupção e metade incompetência

Mais de 50 anos após o assassinato de Kennedy as dúvidas permanecem.

Foram demasiadas mortes. Todas suspeitas. Tudo começou com uma viagem eleitoral de John F.Kennedy a Dallas, no Texas. O cortejo presidencial ao entrar na Praça Dealey escuta uma série de tiros. Testemunhas garantiram que foram quatro tiros, outros disseram que ouviram cinco tiros e um terceiro grupo de testemunhas afirmou que foram seis tiros. Até hoje não se sabe a verdade. Seja como for, no interior do carro presidencial o presidente estava caído atingido por tiros na cabeça, no pescoço e no ombro e o governador do Texas também havia sido ferido gravemente.

Ao mesmo tempo em que o cortejo presidencial se dirige ao hospital, diversos espectadores e policiais se dirigem para um monte de ervas de onde estão certos que partiram os disparos. Outro policial, M.L.Baker foi o único que entendeu que os disparos procederam de um edifício vermelho. Entra nesse edifício que pertence ao Texas School Book Depository e no segundo andar encontra com um jovem tomando refrigerante, era Lee Harvey Oswald. O diretor da empresa certifica ao policial que o jovem trabalhava ali e o policial continua escadas acima. Encontra no sexto andar os restos de algumas balas e, atrás de umas caixas, um velho rifle usado na Segunda Guerra Mundial.
Entretanto, Oswald sai do edifício e vai para seu apartamento, pega um revólver e volta à rua. Nesse momento o hospital torna pública a morte de Kennedy. A polícia é alertada da morte de um de seus agentes, J.D.Tippit. Próximo ao local onde Tippit foi morto, um transeunte suspeita de Lee H.Oswald. Ele entra em um cinema sem pagar ingresso. Dezenas de policiais o prendem na sala do cinema. Levam-no para a delegacia. No dia seguinte, ao ser levado da delegacia para uma prisão, Jack Ruby, um sinistro personagem ligado à máfia, passa por uma imensidão de policiais e fotógrafos e dispara no abdômen de Oswald que morre fulminado.

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