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Em Pauta

Carne em xeque – país exportará como nunca, mas a produtividade é baixa

Mário Sérgio Lorenzetto | 16/04/2014 08:35
Carne em xeque – país exportará como nunca, mas a produtividade é baixa

Eficiência para engorda não é mais estratégia, mas sobrevivência

Ganhar eficiência na intensificação dos sistemas de engorda do gado deixou de ser uma estratégia de negócio e sim uma questão de sobrevivência para o pecuarista. A média de ganho na pecuária convencional praticada no Brasil é hoje de R$ 300 por hectare. Com a implantação de tecnologias e de gestão moderna ou com o confinamento pode ir a R$ 1,5 mil. Cinco vezes mais ganhos que com a criação antiquada.

O aumento da eficiência poderia mudar rapidamente o perfil atrasado da pecuária no Brasil. Segundo as projeções da FAO e do Departamento de Agricultura dos EUA, os norte americanos produzirão em um ano muito ruim que é o de 2014 mais de 11 milhões de toneladas de carne bovina. Eles têm um rebanho de 88 milhões de bovinos, que é menos da metade do brasileiro. Já o Brasil produzirá 10 milhões de toneladas de carne e conta com um rebanho de 206 milhões de bovinos. Uma conta simples mostra o quanto a pecuária brasileira precisa ganhar em eficiência. Ao se dividir a produção de carne norte americana pelo rebanho, chega-se a algo próximo de 125 quilos de carne por animal. O pecuarista brasileiro obtém apenas 51 quilos de carne.

Carne em xeque – país exportará como nunca, mas a produtividade é baixa

Este é o ano para trabalhar com aumento de eficiência na pecuária nacional

Ocorrerá queda na produção norte americana e australiana, turbinando as exportações brasileiras e, se resolverem, impulsionar o confinamento no país. A Associação Nacional dos Confinadores está prevendo um aumento de 25% no volume de gado confinado neste ano em comparação com 2013. O cenário é otimista porque há elementos que sustentam as previsões de aumento de pedidos dos frigoríficos por gado confinado, um tipo de animal de qualidade superior.

Está ocorrendo um desequilíbrio sem precedentes na pecuária de corte norte americana e australiana, dois grandes exportadores mundiais de carne que atualmente enfrentam problemas. O dezembro mais seco dos últimos 75 anos na Austrália, e o longo e forte frio nos EUA, provavelmente, comprometerão o abate de bovinos ao longo do ano de 2014.

Carne em xeque – país exportará como nunca, mas a produtividade é baixa
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O Greenpeace das crianças

Ana Lucia de Mattos Barreto Villela é a maior acionista individual do Banco Itaú, o maior banco privado do país. Ela é detentora de um patrimônio de R$ 1,3 bilhão e acompanha a uma distância segura o mundo financeiro. É no Instituto Alana que ela investe tempo e dinheiro. Ela conta que decidiu trabalhar pela causa infantil quando descobriu que tinha mais dinheiro que a maioria das pessoas. Vinte anos de militância depois, pilota uma “holding de projetos” de 150 funcionários e com fundo patrimonial de R$300 milhões voltados à criança, aos pais e educadores. O instituto dirige atinge neste ano, a marca de 15 campanhas relacionadas à infância, que envolvem desde a produção de documentários ao financiamento de pesquisas e lobby político no Congresso.

Em sua cruzada nacional contra a propaganda infantil, o Instituto Alana virou a pedra no sapato de agências de propaganda e companhias que miram a criança como forma de alavancar vendas. Não por acaso Ana Lucia foi chamada de “bruxa antroposófica” em uma ata recente do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária – o Conar –, formado por agências de publicidade e o Instituto Alana é citado frequentemente como o “Greenpeace das crianças”, em alusão à ONG ambientalista promotora de ações tidas como radicais.

Carne em xeque – país exportará como nunca, mas a produtividade é baixa
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Atuação marcante e pautada pela eficiência

Pesos pesados da indústria já foram alvo de 48 notificações e 89 representações movidas pelo Alana a Ministérios Públicos, Procons e ao Ministério da Justiça. O caso da Coca-Cola foi o mais emblemático para o Instituto: a companhia concordou em deixar de veicular campanhas destinadas a menores de 12 anos de idade.

Agora, sua maior vitória – em conjunto com o Conanda, órgão da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, foi publicada a Resolução 163. Fica classificada como abusiva toda publicidade que tenha o objetivo de persuadir a criança a consumir qualquer produto ou serviço.

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Usar uniforme com propaganda agora custa R$ 8 mil

O TST (Tribunal Superior do Trabalho) entendeu que o trabalhador obrigado pelo patrão a utilizar uniforme com propaganda, sem que concorde ou receba pagamento, tem direito a danos morais, mesmo que a prática não afete sua reputação ou seu nome. Os ministros analisaram recurso de uma operadora de caixa de um supermercado e o condenaram a pagar indenização de R$ 8 mil. Para o relator do caso “o procedimento adotado pelo empregador, de utilizar-se compulsoriamente do empregado como verdadeiro garoto-propaganda, sem seu consentimento, gera para esse trabalhador o direito à respectiva contrapartida financeira de caráter indenizatório”.

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O caso dos “santinhos” nas campanhas eleitorais e os novos tempos das redes sociais

Ativistas de sofá a postos. Em poucos meses, a campanha eleitoral começará. Os marqueteiros entendem que, como demonstrado na campanha passada, ocorrerá um crescimento exponencial nos debates em redes sociais. O Facebook também pensa assim. Acaba de promover, em Brasília, sobre campanha eleitoral usando como plataforma essa rede. Contou com 230 participantes.

Há outro seminário previsto para junho, e essa companhia também prepara workshops mais específicos e direcionados para os partidos interessados. Diz ter 83 milhões de contas ativas no Brasil. Caso seja verdadeiro, esse número representa cerca de 80% do número de internautas e 58% dos eleitores do país. Grande parte desses usuários acessaria o Facebook por meio de telefones celulares. Não existe mídia que se aproxime de números tão fantásticos.

Outro levantamento aponta que 40% dos usuários acessam o Facebook enquanto assistem à televisão. Ele teria o potencial de segunda tela. Ou seja, o sujeito está vendo a novela e comenta sobre ela no Facebook. O mesmo fenômeno ocorrerá com os “chatos” e ultrapassados programas eleitorais para a televisão? Eles ganharão vida com os debates nas redes sociais? Santinhos e batalhões de cabos eleitorais irão para onde foram na campanha de 2012 – para o ostracismo.

Carne em xeque – país exportará como nunca, mas a produtividade é baixa
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Governo estima salário mínimo de R$ 779 para 2015; valor ideal para 1997

A projeção para o próximo ano considera a inflação, de 3%, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O valor ainda vai parar no Congresso Nacional para a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015 e está 7,71% acima do montante atual. Muito abaixo da previsão Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos), R$ 2.992,19 para março de 2014.

O mais próximo que os R$ 779 do governo previstos para 2015 foi calculado para outubro de 2007, quando a previsão era de R$ 789,69. No mês seguinte, naquele ano, a projeção já era de R$ 802,13. É o que o Dieese chama de salário mínimo necessário, que é calculado com base no índice da Cesta Básica Nacional, meio pelo qual são acompanhados os preços de 13 produtos de alimentação e o gasto mensal de um trabalhador para a aquisição dos mesmos. Na conta entram as horas de trabalho necessárias para chegar ao valor. O cálculo é mensal, inclui 16 capitais, inclusive Campo Grande.

O cálculo do salário mínimo necessário é efetuado com base na Constituição, que define o benefício como capaz de atender às necessidades vitais básicas de um trabalhador e a família. Nas necessidades são considerados: moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. A família usada como base para o cálculo tem dois adultos e duas crianças com atendimento adequado das necessidades de habitação, vestuário e transporte.

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Fertilizantes da ADM no Brasil e Paraguai são negociados com a Mosaic

A empresa divulgou a estratégia de crescimento, que inclui os negócios de fertilizantes da ADM no Brasil e no Paraguai, no valor de US$ 350 milhões, além de US$ 150 milhões relativos ao capital de giro. A Mosaic, considerada a maior produtora de fosfatados e potássio combinados do país, tem unidades próprias e contratadas em: Campo Grande, Candeias (BA), Rio Verde (GO), Alfenas e Uberaba (MG), Alto Araguaia e Sorriso (MT), Cascavel e Paranaguá (PR), Passo Fundo e Rio Grande (RS) e Cubatão (SP). Há, ainda, uma unidade de Nutrição Animal em Paranaguá (PR).

A compra ainda depende de aprovação de órgãos reguladores e inclui quatro unidades misturadoras e armazéns no Brasil (Paranaguá - PR, Rondonópolis - MT, Uberaba - MG e Catalão - GO), bem como uma fábrica e terminal fluvial em Villeta, no Paraguai. Por enquanto, as empresas assinaram acordo de cinco anos para que a Mosaic seja a fornecedora exclusiva de fertilizantes para ADM no Brasil e Paraguai.

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Notícia doce para os fabricantes de balas

O setor fechou o ano com aumento de 1,3% no consumo, conforme dados divulgados ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados. A produção nos 12 meses do ano passado chegou a 533 mil toneladas, que representam 0,7% mais que 2012. E para continuar a tendência de crescimento, a indústria investe em todo tipo de inovação, passado por sabores e texturas. Sozinho, o setor gera 31 mil empregos diretos.

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