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Em Pauta

Cheiro do desejo: o olfato é o responsável pelas emoções nas relações

Mário Sérgio Lorenzetto | 12/06/2015 08:10
Cheiro do desejo: o olfato é o responsável pelas emoções nas relações

O cheiro do desejo.

Não é à toa que o olfato faz parte de um dos principais sistemas cerebrais - o responsável pelas emoções. Um simples cheiro tem a capacidade de evocar memórias, despertar afeto ou aversão e aguçar a fome. Mas o que determina a atração entre namorados?

Para os namorados a atração física é um botão mágico que só o amor pode ligar. Mas, para os cientistas, o desejo sexual tem explicações. Trata-se de um processo bioquímico que rapidamente desequilibra todo o corpo. O tesão é diagnosticável por vários sintomas. A gente não consegue "tirar os olhos daquela pessoa", o coração dispara, as mãos suam, dá vontade de "falar pelos cotovelos", as pernas ficam bambas, a fome desaparece e é preciso suspirar para respirar melhor.

Tudo isso acontece porque o cérebro despeja uma overdose de substâncias euforizantes no organismo quando surge o interesse por alguém. Em comum, todos temos um "coquetel de libido" prontinho para explodir. Essas substâncias euforizantes determinam um "assanhamento" em alta velocidade. Até atingir as glândulas do pênis e vagina vão espalhando impulsos elétricos pelos terminais nervosos e levando o corpo inteiro a um estado de estresse. Mas ninguém morre de tesão. Quando a excitação não se resolve com a relação sexual, entram em ação soluções compensatórias, que dão outro tipo de prazer para reorganizar o organismo, como comer ou dançar. Todavia, sem hormônios, nada feito. Não funcionará. Enquanto as substâncias do assanhamento percorrem velozmente o corpo, os hormônios vão vagarosamente ao pênis e à vagina. Com ou sem tesão, eles são secretados todos os dias pelas glândulas sexuais, viajam pelo sangue, são metabolizados pelo fígado e, finalmente, eliminados na urina. Essa quantidade de substâncias do assanhamento diminuem, um pouco, à partir da menopausa. A ciência ainda não fez um acordo sobre a quantidade delas nos homens idosos. Há argumentos a favor de seu decréscimo na velhice e outros contrários.

A lenha na fogueira é formada por muitas substâncias - glutamato, acetilcolina, noradrenalina, adrenalina, hormônio luteinizante, testosterona, estrogênio, progesterona e o cortisol. O coquetel é complexo. Todavia, há duas mais interessantes. A ocitocina, descoberta em 1993, é considerada o hormônio do prazer. Quando ela cai na corrente sanguínea, sensibiliza os músculos, aumentando a intensidade do orgasmo pela contração muscular. A outra é a dopamina. Suas moléculas tem um comportamento parecido com as da cocaína. Resultado: euforia, fluidez da fala e um tremendo descontrole motor que se traduz em gesticulação excessiva e tremor nas pernas. O cheiro do desejo é real e verdadeiro. Aumenta no dia consagrado a ele.

Cheiro do desejo: o olfato é o responsável pelas emoções nas relações
Cheiro do desejo: o olfato é o responsável pelas emoções nas relações

Vou envelhecer para tudo, menos para o assombro. A busca da longevidade pela ciência.

No momento, a única estratégia promissora para alongar a vida e ao mesmo tempo atrasar as doenças da idade é a restrição calórica. Comer 30% menos do que pede o corpo (percentual para os magros). E com cuidados especiais para não faltar nutrientes essenciais. Ou seja, passar fome 24 horas por dia. Em todos os dias de sua vida. Só há um "pequeno probleminha": não está provado que essa regra tenha validade para o animal humano. Mas está cientificamente comprovado que vale para uma longa lista de outros animais, de vermes a camundongos. Você está disposto a submeter-se a essa tortura?

Mas não perca a esperança. O que não faltam são pesquisas. Tem cientistas no mundo todo estudando algumas alternativas que podem virar medicamentos. Uma delas é uma substância denominada "resveratrol". É encontrada no vinho. Mas, calma. Não abra a garrafa ainda. A quantidade de vinho que teria de beber é incompatível com a vida (o vinho tem outras substâncias maléficas para o organismo humano). A ideia é encontrar ou sintetizar compostos que ampliem em várias ordens de magnitude os efeitos de longevidade do vinho e evitem seus venenos. Os cientistas estão trabalhando para criar uma substância que não cause embriaguez, não seja venenosa, mas prolongue a velhice, sem as dores que hoje lhe são inerentes.

Por enquanto, os poetas dão melhores alternativas que os cientistas. "Envelhecer é obra-prima da vida" (Henri-Frèdèric Amiel). "Vou envelhecer para tudo, para o amor, para a mentira, mas nunca envelhecerei para o assombro" (Chesterton). "Converter o ultraje dos anos em música, rumor e símbolo" (Borges).

Cheiro do desejo: o olfato é o responsável pelas emoções nas relações
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O soviete dos Estados Unidos. Um exemplar caso de identidade de um povo.

O início de cada verão é celebrado com um popular passeio de bicicleta sem roupas. Para dissuadir os usuários de drogas de se concentrarem debaixo de uma ponte, o povo votou para construir nesse lugar a estátua de um trol (figuras grotescas). Seattle é a cidade mais peculiar dos Estados Unidos. E vem de longe. Durante o início e meados do século XX, a enorme influência dos operários fez com que ela passasse a ser denominada a "soviete dos EUA" (conselhos operários que deliberavam as políticas na Rússia governada pelos comunistas).

Com pouco mais de 600 mil habitantes, está a anos luz das populosas N.York, Los Angeles ou Chicago, e, todavia, é uma peça chave dentro do mapa do país. Ela tem uma identidade clara e bem definida. Ali se pensa, se inova e se protesta como em nenhuma outra cidade norte-americana. O inconformismo está no DNA de suas ruas.

A cidade conta com um flamejante museu da história da indústria (MOHAI), mais de 4 mil metros quadrados que conta a história industrial de seu país. O primeiro avião construído pela Boeing não tinha rodas porque era usado para pousar em lagos. Também se pode ver a primeira placa da Starbucks aberto em 1971 ou as primeiras instalações da Microsoft e da Amazon. No terreno mais cultural, o museu traz a música grunge do Nirvana. Mas nada demonstra mais sua identidade que o movimento antiglobalização. Foi em Seattle que esse movimento recebeu seu impulso definitivo em 1999, durante a reunião da Organização Mundial do Comércio. Uma cidade sem identidade jamais será importante em seu país.

Cheiro do desejo: o olfato é o responsável pelas emoções nas relações
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O guru de Adolf Hitler foi um norte-americano.

Patrício. Uma palavra usada comumente no Brasil com um sentido distorcido. Patrício era o cidadão do Império Romano que constituía a nobreza. Não é aquele originário da mesma pátria. É essa ideia de patrício que irá permear o pensamento de Madison Grant. Ele é uma figura que os Estados Unidos pós-guerra tentou esconder. Grant era um advogado norte-americano adepto e grande divulgador das teorias racistas. A sociedade norte-americana era dominada pelos WASP - cidadãos de raça branca, origem anglo-saxã e religião protestante - eram os membros de todas as classes dirigentes dos EUA. Eles se apresentavam como "patrícios", fazendo referência aos nobres romanos. Os patrícios se consideravam descendentes dos "pais fundadores", uma ideia que existe ainda hoje nos EUA mantendo alguma importância, eram os fundadores da nação norte-americana. Esses patrícios estavam convencidos de sua "destinação natural": as virtudes que teriam herdado pelo sangue os designariam para a tarefa de governar os EUA. Os patrícios norte-americanos viam o país como o seu patrimônio, e aos habitantes não WASP estariam reservados dois papéis: o de servos ou o de parasitas aproveitadores das sobras da grande obra dos pais fundadores.

Essas ideias foram extremamente marcantes na Europa e chegaram na Áustria e Alemanha. Impressionaram vivamente um jovem ambicioso quando vivia em Viena: Adolf Hitler. A explicação que os estudiosos dão ao racismo e antissemitismo de Hitler é por ele ter sido influenciado pelo movimento "pan-germânico. Esse movimento era racista, e influenciado pelas ideias de Grant e dominava a região de Viena. O maior propagandista dessas ideias era o prefeito dessa capital - Karl Lueger.

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Bancos europeus e chineses também disputam o HSBC.

O anúncio da venda do HSBC no Brasil não chegou a ser uma surpresa no país. Os candidatos mais fortes à compra são os gigantes brasileiros Bradesco e Itaú. Correndo por fora estão o espanhol Santander e alguns bancos chineses não divulgados. Os dois brasileiros e o espanhol já estão negociando, os chineses ainda entrarão no jogo. O único que confirma as negociações é o Itaú. Os analistas afirmam que somente no final de julho elas serão encerradas.

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