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Em Pauta

Cientistas norte-americanos podem ter descoberto o “Viagra da libido”

Mário Sérgio Lorenzetto | 28/09/2014 15:10
Cientistas norte-americanos podem ter descoberto o “Viagra da libido”

Os feromônios e a comunicação química

Foi só em 1959 que o vencedor do Nobel de Química, Adolf Butenandt, isolou e analisou um composto que as fêmeas do bicho-da-seda liberam para atrair machos. Foi o primeiro feromônio conhecido, embora o termo ainda não existisse. Pouco depois, dois colegas de Butenandt, o bioquímico alemão Peter Karlson e o entomólogo Martin Lüscher, cunharam o nome a partir de duas palavras gregas “pherein” – transportar e “horman” – estimular. Eles definiram o feromônio como um tipo de molécula que transporta mensagens químicas entre indivíduos da mesma espécie, abaixo do limite do odor que sentimos.

Desde então, uma surpreendente sequência de feromônios foi encontrada em insetos – cupins, formigas, pulgões e abelhas. De lá para cá, já são mais de 1.600 insetos que tiveram seus feromônios descobertos. E os feromônios não servem apenas para a atração sexual – emitem alarme, identificam parentes, alteram o humor e ajustam relacionamento. No final da década de 1980, descobriam os feromônios de lagostas, peixes, algas, leveduras, bactérias e tantos outros seres vivos. Surgia a semioquímica – uma nova ciência da comunicação através da química.

O passo seguinte seria a descoberta de feromônios em mamíferos. Na década de 70-80, as pessoas o atacavam se você dissesse “feromônio de mamíferos”. Mas nessa época, Milos Novotny não só descobriu um feromônio de camundongos que regula a agressão como também o reproduziu em laboratório – sintetizou. É o mesmo existente em coelhos, hamsters e esquilos. Logo a seguir, um bioquímico L.E.L. Rasmussen mostrou um feromônio sexual secretado por elefantes asiáticos fêmeas, idêntico ao usado por mais de 100 espécies de mariposas.

Cientistas norte-americanos podem ter descoberto o “Viagra da libido”
Cientistas norte-americanos podem ter descoberto o “Viagra da libido”

Teria sido descoberto o “Viagra da Libido”?

Apesar da “teia química” composta por desodorantes, perfumes e sabonetes, os cientistas descobriram a existência de feromônios em humanos. Em um dos inúmeros estudos, compararam a resposta de casais juntos há muito tempo com a de pessoas em relacionamento mais recente. Os resultados foram claros: quanto mais tempo os casais ficam juntos, melhor os parceiros interpretam a informação de medo ou felicidade codificada no suor.

Eles influenciam vários comportamentos humanos – dos cognitivos aos sexuais. Em janeiro de 2014, um grupo de cientistas do Instituto Weizman, em Rehovot, Israel, relatou que homens que cheiravam gotas de lágrimas de emoção femininas, de repente, sentiam-se menos interessados sexualmente. Ocorria uma queda mensurável nos níveis de testosterona.

O passo atual, pesquisado em Chicago, é o estudo de um esteroide denominado androstenodiona. No geral, os voluntários expostos a esse esteroide ficaram bem mais “animados” durante o teste de 15 a 20 minutos. Será a androstenodiona o “Viagra da libido”? Para a ereção, temos o Viagra e uma gama de medicamentos, mas para desejar tomar o Viagra não existe remédio. Até agora.

Cientistas norte-americanos podem ter descoberto o “Viagra da libido”
Cientistas norte-americanos podem ter descoberto o “Viagra da libido”

Lobo mau e onça perigosa: moralismo e antiambientalismo

Em 1764, os lobos aterrorizavam Langogne, uma cidade no Sul da França. Mulheres e crianças foram feridas e massacradas. Uma pastora que guardava os bois foi acossada por um tipo de lobo que emitia grunhidos. Uma jovem de 14 anos foi devorada. Outra adolescente foi morta em 8 de agosto. Mais duas foram mortalmente feridas. Nos dias 6, 16, 26 e 28 de setembro e em 7 e 15 de outubro, o número de vítimas era impressionante. Nas aldeias, as pessoas se armaram com forquilhas e machados. Somente um grito ecoa nas ruelas estreitas: "A besta!" O medo se instala O Rei Luís XV, irritado, põe a prêmio a cabeça da criatura: 6 mil libras.

Vários lobos são mortos e sempre apresentados como o devorador das jovens. Mas a matança de jovens sempre continuava. Até que o Rei aciona seu porta-arcabuz, François Antoine de Beauterne, que, com um tiro de fuzil bem dado, fura o olho direito e atravessa

a cabeça de um imenso lobo que pesava 65 quilos, quando a média dos lobos era de 25 quilos.

Os ataques em Langogne não foram os únicos da época e já vinham de séculos anteriores. O medo dos lobos era um dos maiores dos humanos. Em 1697, o funcionário aposentado Charles Perrault publicou seu famoso livro de fábulas: "Contos da Mamãe Gansa", que continha a história de "Chapeuzinho Vermelho", unindo o terror que os lobos provocavam na época em toda a Europa a uma mensagem moralista contra os "lobos que cortejavam as jovens parisienses”.

Em 2014, as onças aterrorizam Corumbá, uma cidade na fronteira da Bolívia. Mulheres e crianças ficam apavoradas... O medo do animal feroz vem de séculos. O medo dos animais ferozes de seu maior oponente - o ser humano - é ainda maior. Os animais ferozes estão, desde o invento da pólvora, em larga desvantagem, à beira do desaparecimento.

Cientistas norte-americanos podem ter descoberto o “Viagra da libido”
Cientistas norte-americanos podem ter descoberto o “Viagra da libido”

Ciência chancela que éden ficava no Oriente Médio

O paraíso também estava situado na terra. No Gênesis, a Bíblia dá o endereço do Éden, que é descrito como um jardim onde correm quatro rios: Eufrates, Tigre, Ghicon e Pison (a região do Oriente Médio denominada Mesopotâmia, nas fronteiras da Turquia, Iraque e Síria). Paraíso significa "pomar murado". Esses pomares eram típicos dos jardins e parques de caça do Império Persa. Já o Corão o define como um jardim irrigado por rios que correm sob as árvores. Mito, lenda, religiosidade ou lembranças de uma realidade definem o paraíso como um lugar ameno, arborizado e rico em água. E por mais que perturbe alguns cientistas, a ciência corrobora a ideia do paraíso terrestre, do Éden.

Cientistas norte-americanos podem ter descoberto o “Viagra da libido”
Cientistas norte-americanos podem ter descoberto o “Viagra da libido”

Agricultura indica origem do paraíso

O trigo é, provavelmente, o primeiro cereal domesticado e seu local de origem pode ter testemunhado a fundação da agricultura. Essa descoberta, a domesticação do trigo, se deu na Mesopotâmia, há aproximadamente 10 mil anos. E os fermentos, que lhe

seriam acrescentados para formar o pão, também são da mesma época e região. Ovelhas e cabras foram domesticadas em torno de 11 mil anos entre os montes Zagros e a Anatólia central, uma parte da região mesopotâmica. As primeiras formas domesticadas do porco aparecem no Sudeste da Turquia, em torno de 10.500 anos. E pelo menos uma das quatro linhas genéticas dos bois domesticados tem raízes no vale do Eufrates, domesticados entre 11 mil e 10 mil anos. Sim, o Éden existiu e ficava em terras que hoje são, majoritariamente, islâmicas, para desgosto daqueles que não aceitam os outros.

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