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Em Pauta

É possível viver 400 anos?

Mário Sérgio Lorenzetto | 14/08/2016 07:58
É possível viver 400 anos?

Nasceu na época que os Bandeirantes caçavam índios em nossas matas. Quando a Groenlândia era Greenland - a terra verde - e não a imensa placa de gelo em que se converteu. Possivelmente continuaria vivo por muito tempo se pescadores o tivessem retirado do mar por engano. Alguns cientistas retiraram seus olhos e os enviaram à Dinamarca. Fizeram o mesmo com outros tubarões caçados por acidente da mesma espécie, Somniosus microcephalus, é o tubarão da Groenlândia que está sendo estudado em um projeto científico, desde 2010.

Ele é pouco conhecido. Não tem predadores naturais e chega aos 5 metros de tamanho. As fêmeas são sempre maiores que os machos, mas crescem a um ritmo lentíssimo. O mistério que havia sobre suas vidas foi resolvido, em parte, devido às bombas atômicas detonadas na época da Guerra Fria. As partículas radioativas se espalharam pelos oceanos e se acumularam nos organismos vivos que nadavam àquela época. Os cientistas analisaram as células do cristalino do olho de 28 tubarões da Groenlândia. Aplicaram a datação de carbono para saber a idade.

Os resultados, publicados na revista Science, e divulgados amplamente pelo jornal espanhol El País, apontam que esses tubarões vivem pelo menos 272 anos. A maior parte do grupo analisado viveu 392 anos.
Viver tanto tempo sem câncer ou outras moléstias é uma façanha que ó um pequeno punhado de espécies é capaz de superar. O crescimento lentíssimo é uma forma de conquistá-lo. Chegar ao amadurecimento sexual somente aos 150 anos é outra. Isso, é o mesmo que dizer que uma das fêmeas só começou a parir quando eclodia a Revolução Francesa.

Não é uma casualidade que isto ocorra nas gélidas águas da Groenlândia. Nesse mesmo oceano vive o animal mais longevo do mundo: o molusco da Islândia, que supera 500 anos. Eles desenvolveram uma "estratégia da vida lenta". Também optaram pela manutenção de seus corpos, se interessam muito pela alimentação, ao invés da reprodução.

Algo que os cientistas estão interessados em compreender para nos ensinar. Talvez eles escondam segredos que serão chaves para atrasar nosso próprio envelhecimento. Vale lembrar que o "rato triple", criado em laboratório, já vive 40% mais que o normal.

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Fidel faz 90 anos. "Há que ser heroe" para suportar seus discursos

Imaginem um discurso político tão longo que havia um "recreio" para comer entre suas duas partes. Os discursos de Fidel Castro são lendários. Por sua longa duração incluíam um intervalo para o povo se alimentar. O mais longo registrado durou sete horas e dez minutos. Foi pronunciado no Congresso do Partido Comunista, em 1986, em Havana. A mídia internacional fez chacota: "Como matar comunistas com um discurso". Fidel também é detentor da "medalha de ouro" (ou seria medalha da chatice?) do discurso mais longo na Assembleia Geral da ONU: durou quatro horas e vinte e nove minutos. Sabedor de sua verborragia indomável, Fidel tinha o costume de sempre pedir a seus ouvintes que se sentassem, mesmo que fosse em praça pública.

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O que fazer nos domingos à noite

Ficar deitado no sofá comendo pipoca e assistindo filme não está nos planos de gente bem sucedida. Os estudiosos dizem que pior que a segunda-feira diurna são as noites de domingo. Criaram até um termo em inglês para designá-lo: Sunday Night Blues (a tristeza do domingo à noite). Segundo o site Business Insider as pessoas de sucesso tem uma longa lista de atividades nesse horário. Um site de empregos elaborou uma pesquisa onde 76% das pessoas afirmaram que sentem-se mal nesse horário. É depressivo. O estudo levantou uma polêmica: quem se sente mal no domingo à noite são aqueles insatisfeitos com o emprego. Foi rebatido. As pessoas exitosas são felizes. Mas, antes de obterem êxito eram felizes? É como o ovo e a galinha, quem vem primeiro? São felizes porque conseguiram obter sucesso ou por obterem êxitos, são felizes. Um debate pra lá de esdrúxulo e labiríntico, sem saída.

Os estudos indicam que os exitosos preferenciam planejam algo divertido com familiares e amigos para os domingos à noite. Sabem que não terão tempo durante os demais dias. Também fazem uma avaliação mais acurada da semana anterior para resultar em um rápido planejamento para a semana que iniciará. Outras alternativas simples também surgem na lista: ler, pintar, cozinhar, restaurar móveis, jardinagem e se apresentar como voluntário em uma boa causa.

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