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Em Pauta

Empresas inteligentes devem ver o Brasil como um dos mercados-chave do mundo

Mário Sérgio Lorenzetto | 29/08/2015 07:03
Empresas inteligentes devem ver o Brasil como um dos mercados-chave do mundo

É preciso "quebrar" as áreas da empresa em partes, para saber quais estão trabalhando bem e quais não estão.

Claramente, o Brasil está em desaceleração. Mas somos um mercado que deve ser pensado a longo prazo e que, por isso, ainda é um dos mais importantes. O ajuste foi iniciado, mas falta ser completado. Empresas inteligentes devem ver o Brasil como um dos mercados-chave do mundo. Há mudança no ritmo do crescimento, no ritmo do investimento, no ajuste de tamanho. No curto prazo, haverá um jogo de eficiência, com todas as operações buscando calibrar seus negócios para reajustar o futuro.
Nós encontramos muitos bolsões de crescimento, mesmo com o mercado em baixa.

Ainda há locais precisando se desenvolver. É promissor pensar em um mercado como o brasileiro, que é grande, diverso e ainda está se desenvolvendo. As empresas existentes precisam olhar para dentro e buscar eficiência. O rápido crescimento que passamos nos últimos anos encobriram um monte de ineficiências dentro das empresas. Com a desaceleração é preciso "quebrar" as áreas da empresa em partes, para saber quais estão trabalhando bem e quais não estão. A partir desse trabalho, é possível identificar os custos dessas áreas e, então, realocá-los para enfrentar um período mais lento de crescimento.

Empresas inteligentes devem ver o Brasil como um dos mercados-chave do mundo
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As lojas podem começar a dar calote nos atacadistas.

Lojas, bares e restaurantes passaram a apresentar alto risco de crédito. Algo como 33% do varejo pode dar calote no atacado, segundo pesquisa feita pela Serasa Experian. São empresas com elevada probabilidade de se tornarem inadimplentes nos próximos seis meses. Haveria um fator impulsionador dos calotes em massa - a forma de pagamento é feita por boletos e cheques. Somente uma ínfima minoria realiza pagamentos com cartões de crédito. Com os boletos e cheques o calote torna-se mais facilitado, esta é a análise dos pesquisadores.

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Auditores. A organização empresarial contra a corrupção tornou-se essencial. A palavra-chave é "compliance".

A lei anticorrupção está em vigor desde março deste ano. Se comprovado o pagamento de propina de uma companhia ao governo, a multa pode chegar a 20% do faturamento da empresa. Essa é a principal regra da lei. E foi ela que fez ampliar a demanda por profissionais de "compliance", cujo trabalho é manter a organização empresarial dentro da lei.

A JBS, maior exportadora de proteína animal do mundo, entendeu os novos tempos e está inaugurando o departamento de compliance em seu escritório. Quem trabalha em compliance tem formações variadas. Há desde administradores até advogados e economistas. Não há um curso específico (as faculdades ainda não entenderam os sinais dos novos tempos). Só há gente experiente em bancos e, ainda assim, mais voltados para combater a corrupção interna. As empresas de consultoria estão nadando em dinheiro por essa dificuldade de mão de obra. A KPMG, uma das principais empresas do setor, está contratando 500 profissionais. Enquanto a corrupção desvanece, a auditoria cresce.

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Uso de testes de DNA em investigações policiais poderá descobrir o rosto do criminoso.

Um corpo estendido no chão. Cena de um crime. Uma mera bituca de cigarro repousa em um canto da rua. Policiais levam-na para o laboratório e descobrem que a bituca só pode ter sido deixada no local por volta da hora do crime. Moléculas de DNA são coletadas nas partículas da saliva, e imediatamente são delineadas as características físicas do rosto do criminoso, até mesmo a cor dos olhos. Parece enredo de filme, mas este será o processo de praxe da tecnologia policial brasileira em pouco tempo. As experiências iniciais estão sendo feitas no Laboratório de Genética Humana e Molecular da PUC do Rio Grande do Sul. O projeto é desenvolvido em parceria com pesquisadores da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, que recentemente criaram um método capaz de construir um rosto a partir do DNA. O "genoma wide" consegue mapear o rosto humano com 1.200 pontos.

O estudo promete revolucionar o uso do DNA na esfera criminal, ainda limitado no Brasil. Hoje, sua pequena eficácia está circunscrita aos raros casos de estupro denunciados e na ainda mais rara identificação de cadáveres. Mas é ainda mais difícil no momento, em ambas as situações, estupro e cadáveres sem nome, a identificação é possível somente a partir da confrontação com o DNA de suspeitos ou de parentes, no caso de desaparecidos.

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